1. O material
Antes de conseguir o teu material para a montanha, tés que ter claro que aqui, como em todos os ámbitos da vida, o capitalismo criou um mercado baseado no desprezo das cousas, no usar e tirar e no reino das modas. Aconselhamos-che conseguir o teu material com calma, assessorando-te bem, e diferenciando o que realmente che faz falta do que é prescindível. Material bom e duradouro, que podas usar quantas mais vezes melhor, e que podas amanhar tu mesmo assi que se desgaste, para que dure muitos anos, e mesmo para ser prestado.
Nom temos que ter em propriedade todo o que precisamos. Há centos de cousas que usamos duas, três ou cinco vezes no ano que devem de ser de propriedade comunitária -como os livros dumha biblioteca- e circular de mão em mão: umha tenda de campanha, uns prismaticos, umha colecçom de mapas topográficos, uns manuais sobre fauna e flora do país. O ideal é que as associações de montanhismo ou de defesa da terra vaiam fazendo um pequeno património de uso social.
1.1. A roupa
As características básicas desejáveis do material de montanha som a ligeireza, o abrigo e que sequem muito rápido. Neste tipo de materiais incluimos: O forro polar, a licra ou a roupa sintética. Porém, recomenda-se excluir do material de montanha, por exemplo, as peças de algodóm, os sobretudos de plumas, os sueters de là, e as calças de pana.
A primeira capa de roupa, a que toca a pel há de ser sintética (recomenda-se nom utilizar peças de algodom porque conservan a humidade e tardam muito em secar); esta primeira capa tem como objectivo evacuar a transpiraçom. A segunda capa recomenda-se que seja de forro polar, joga o rol de issolante térmico. A terceira capa, tem de ser protectora, ligeira e resistente; protege do ralente, da neve e da chuva. Esta última capa pode ser um anorak ou calquer tipo de sobretudo impermeável. Sempre com capuz.
1.2. O calçado
As botas teram de ser todo-terreo, semi-rígidas e anti-desliçantes. Que cubram até o tornocelo para evitar escordaduras. Impermeáveis e transpirantes. Ligeiras assimesmo que resistentes ao desgaste. Também seria desejável que estejam prontas para levar crampons. Para evitar as bochas, o calcanhar nom se deve mover para acima no interior, nom devemos sentir algum tipo de fricçom em nengumha parte do pê.
As chinelas (calcetíns) podem resultar úteis para se banhar ou para pô-las nos tempos de recesso nos campamentos. Ademáis som ligeiras e nom ocupam espaço na mochila.
1.3. a mochila
As boas mochilas de montanha sempre tenhen feche acolchado para o peito e para a cintura. Um adulto nom deverá portear mais do 20% ou do 30% do seu peso corporal. De 35 a 55 litros para as saidas de dous días e de mais de 55 litros para as rutas de mais de tres.
2. A comida
Para a comida, vai ao singelo e à sabedoria popular: nom caias em consumismos absurdos de comida de montanha preelavorada. Refuga todos os 'novos inventos' que che oferecem, e procura consumir produtos cercanos ao teu lugar de residência, dos que saibas a origem (melhor ainda se conheces o produtor). Umha mínima cultura alimentar também fará mais levadeiras as tuas marchas mais duras.
Os principios básicos som a variedade e a regulariedade: os cereais (som ricos em hidratos de carbono e debem incluirse em todas as comidas, estes tenhen que ser cando menos o 50% da tua dieta.); deben de consumirse tambem a diário froitas, legumes, verduras e hortalizas. Lembra que o consumo de líquidos nos roteiros é superior ao habitual (3 litros diários) debido ao ejercício físico.
3. Que levar indispenável para umha marcha de dous dias
Como sabemos que nom se pode renunciar á roupa cotiá dum dia para outro, nom te podes fazer com material de montalha aginha, recomendamos-che o material indispensável para umha marcha de dous dias. Se verdadeiramente tês decidido dedicarte ao montanhismo, começa polos dous elementos mais esenciais. O primeiro: Umhas boas botas. O segundo elemento em importáncia: A mochila.
O indispensável para umha marcha de dous días como as que estamos a organizar em AMAL consistiria no seguinte:
1 Umhas botas que cubram até o tornocelo, que sejam de material que deixa transpirar o pê e impede o passo da água.
2 Umha mochila de montalha com feche de peito e de cintura.
3 Catro ou cinco pares de peugas (calcetíns), catro de camisolas e de roupa interior.
4 Um ou dous forros polares. O ideal é levar varias capas de roupa (em lugar de poucas, umha moi lixeira e outra muito pessada).
5 Um abrigo impermeável, ligeiro e que nom se enchoupe. O ideal é que o forro polar proteja do frio e que o abrigo proteja do vento, da chuva ou da neve.
6 Duas calças, o ideal é que che resultem cómodos e ligeiros. Se podem ser de fio, de material sintético ou de lycra melhor. Materiais ligeiros e que nom se enchoupem.
7 Um estojo de asseio com material ligeiro (nom metas por exemplo um bote de champú dos grandes). Podes-lhe incorporar um bote de desinfectante, gazes e esparadrapo. As tiritas especiais para as bochas feitas ao caminhar pódenche salvar do apuro de ter de andar muitas horas com dor.
8 Papel higiénico.
9 Umha toalha pequena.
10 Um saco de durmir.
11 Umha tenda de campanha.
12 Umhas luvas de material sintético ou de forro polar.
13 Umha garrafa de água de dous litros (de material ligeiro e irrompível coas caidas).
14 A comida: Os hidratos de carbono de desgaste lento que aportan principalmente o arrós, a massa, as patacas ou o pam som o combustível principal do corpo. Recoméndase levar umha marmita (taper) de arrós ou de salada de massa, cinco frutas, um tablete de chocolate, pam, queijo, dous envelopes de sopa, um pacote de bolachas e frutos enxutos. Nom som recomendáveis as latas de conservas porque pessan e geram muito lixo, podes levar algumha para cumprimentar a dieta mas nom facelas o teu menu principal. Nom é recomendável levar léite, é muito pesada e se rachar o recipiente pódeche molhar a roupa e estragar o resto da comida. Se queres leite, fáina com leite em pó ou toma leite condensada.
4. Contacto coa vecinhanza da zona
A vecinhanza adoitam ser amistosas e hospitalárias, muito máis do que os seus semelhantes de garavata e traje. O melhor guia e anfitriom é um vizinho ou vizinha da zona. O ideal é que cada marcha esteja organizada por pessoas do lugar. Além de conhecerem como a palma da sua mão o território, adoitam ter contactos de interesse, dam noticia da realidade da comarca, sabem histórias do lugar, e fam possível que topemos ajuda se a precisamos (sítios onde dormir, primeiros auxílios, certo material, referências...). Podem-che servir de grande ajuda porque conhecem o pais, os caminhos, donde atopar alimentos e água.
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