13 de setembro de 2011

IV ACAMPAMENTO DE MONTANHA

Mais info sobre o acampamento.

Comarca de Ortegal: terra de tradiçom guerrilheira.

Também a conhecida guerrilha antifascista tem um lugar de destaque na história recente da comarca de Ortegal. Nestas terras nortenhas actuou o conhecido como 'grupo Neira', liderado polo combatente do José Neira Fernández, ferreiro de Cuinha (Ortigueira). Desde finais dos anos 30, e a inícios dos 40, este coletivo mantivo em jaque as forças repressivas e a falange com golpes mui medidos e umha grande habilidade para agochar-se. Assi, o norte da província da Crunha rivalizava em fama guerrilheira com o norte de Lugo, na Marinha, onde o lendário Luis Trigo Chaos, 'Guardarrios', provocava o aplauso popular.


E precisamente nas Granhas do Sor, em 1943, tivo lugar um capítulo importante da luita antifascista. Segundo nos conta Harmut Heine (“A guerrilha antifranquista en Galicia”, Xerais, 1982), à beira deste rio tivo lugar umha importante juntança: protagonizárom-na Neira e os seus homens e o grupo liderado polo asturiano Marcelino Rodríguez Fernández, 'Marrofer', mestre comunista que pretendia centralizar os homens do norte na III Agrupaçom do Exército Guerrilheiro de Galiza, liderado polo PCE. Nesta reunion, segundo se conta, a maioria dos homens dérom a sua negativa ao plano de Marrofer: o militante pretendia artelhar umha sublevaçom nos principais núcleos vilegos do norte galego para incentivar umha intervençom dos Aliados no Estado espanhol. Com isso e contodo, si se plasmou o plano dos comunistas, e o Grupo Neira ficou enquadrado no EGG.


A sorte de José Neira é desconhecida. Desapareceu no mapa guerrilheiro sem dar pistas. As más línguas apontam a que foi vítima dumha purga comunista (Neira provinha da CNT), enquanto que outras fontes dizem que caiu pola repressom dos fascistas. Harmut Heine nom nos esclarece este particular. Quanto a 'Marrofer', que abandonara a vida legal em Viveiro trás ser descoberto polas forças repressivas, caiu numha cilada em Milreo-Aranga-Betanços, junto com 'Tenente Freixo', Ángel Álvarez Rego e mais um guerrilheiro. Corria o 24 de junho de 1946, e as contra-partidas da guarda civil -repressores disfarçados de combatentes- faziam estragos.

12 de setembro de 2011

IV ACAMPAMENTO DE MONTANHA

GEOGRAFIA, FLORA E FAUNA.

As Granhas do Sor é um parróquia do Concelho de Manhom. O concelho possui umha populaçom de 2000 pessoas repartidas nos 82,1 quilómetros quadrados. Este é um concelho cumha morfologia peculiar. O seu ancho ronda os 1000 ou 1400 metros lineais e tem umha longitude de 30 quilómetros. No interior há que destacar três acidentes geográficos que marcam as características do concelho. O rio Sor de 49 quilómetros de comprimento e que recolhe as águas das serras da Faladoira e da Coriscada; a montanha, duas serras som as que percorrem longitudinalmente o concelho de sul a norte a Serra da Faladoira (mais ao sul) e a Serra da Coriscada (mais ao norte); e por último o mar Cantábrico.

O rio Sor, e também os seus afluentes, sucan profundos vales, de abundante vegetaçom, que contrastan com as arbustivas zonas altas da serra. Devido a que é um dos poucos rios galegos sem barragens nem aproveitamentos hidro-eléctricos, nas suas augas podemos topar salmom atlántico. Na bacia e riveiras do rio podemos atopar bidueiros (Betula pubescens), carvalhos (Quercus robur), castinheiros (Castanea sativa), maceira brava (Malus sylvestris), pradairos (Acer pseudoplatanus), acivros (Ilex aquifolium), arandeiras (Vaccinium myrtillus), sabugueiro (Sambucus nigra) e nesta época grande variedade de cogumelos.

Rio Sor.

Em quanto a fauna, avondam as troitas e anguias, garça real (Ardea cinerea), picapeixes (Alcedo atthis), merlo rieiro (Cinclus cinclus ), ferreiriño rabilongo (Aegithalos caudatus), gaviám (Accipiter nisus), açor (Accipiter gentilis), minhato comum (Buteo buteo), falcom peregrino (Falco peregrinus), corço (Capreolus capreolus), porco bravo (Sus scrofa), lontra (Lutra lutra), golpe (Vulpes vulpes) e porco teixo (Meles meles).

A serra da Faladoira colhe o seu nome, segundo se di, do eco que producem umhas penas situadas perto dos seus pontos máis altos. Tem como cúmio mais senlheiro o Monte Caxado (756m) e o Monte Faladoira (605m). Formada por lousa preta, gneis “olho de sapo” como se conhece popularmente, xistos cristalinos e areíscas das que sobresaem cristas de granitos e quarzitas. Grande pparte da serra ésta ocupada por eucaliptos e pinheiros, pastos para gando, matogueiras de breixos (Erica arborea, Erica tetralix), quirogas (Daboecia cantabrica) e tojos (Ulex europaeus) e algumha que outra carvalheira.

Imagem antiga da Serra da Faladoira.


A serra da Coriscada remata em Bares ainda que nalguns mapas aparesce este primeiro tramo com o nome de serra do Solheiro. O ponto mais alto é o monte da Coriscada (523m). A fauna e flora é similar à Faladoira, assim como a sua composiçom. Tanto a Faladoira como a Coriscada estám sobreexploradas por parques eólicos.



HISTÓRIA

É umha zona habitada desde moi antigo. Disto da fé, a multidom de mámoas e necrópoles megalíticas(perto de 100, umha das maiores concentraçons de Europa) que se atopam nas serras da Coriscada e Faladoira. Entre estes está o Forno dos Mouros, a cámara megalítica máis antiga de Galicia. Data do 4400 a.C. e na actualidade atopa-se exposta no Centro Arqueológico de Ortigueira. A mágoa é que após tantos anos estas pedras nom fôrom quem de sobreviver às obras dos parques eólicos que causárom muitos destroços nestes tesouros históricos que formam parte dumha unidade com a paisagem e a cultura que devia ser prioridade conservar.

Forno dos Mouros.

Outro dos feitos que reflitem esta senlheira história é o porto de Bares, considerado um porto pre-romano, seguramente fenício polos restos que aparescérom. E que confirma o feito de ser o fim do caminho dos Arrieiros. Caminho de mais de 40 quilómetros que unia As Pontes com Bares e que no sXVIII formava parte da rede de caminhos reais e documentado desde a época medieval. Este caminho transcorre entre as diferentes mámoas que assolagam as cristas das serras, e empregava-se para o transporte de mercadorias.

Página interessante sobre o Caminho dos Arrieiros: http://caminhodosarrieiros.blogspot.com/

É digno de mençom que na parróquia de Sam Cristovo de Ribeiras do Sor situa-se o pazo e mais a propriedade de Torre de Lama, fortaleza do sXV. Dentro podemos atopar a maior plantaçom de camelias de Europa e a segunda do mundo.

Na História de Manhom e mais concretamente da parróquia das Granhas do Sor, aparesce umha personagem: Mamede Casanova, Toribio. Um bandoleiro nascido no 15 de fevereiro de 1882 que as crónicas citam de “valente, ousado, temerário, pola sua audácia, polo seu menosprezo da lei, polo seu sangue, até pola sua cara”. Foi em tempos de convulsos movimentos sociais –do agrarismo e mobilizaçons lavregas galegas– onde os caciques governan e a fame negra estende os seus míseros tentáculos, onde este home da comarca de Ortigueira “luita contra a sociedade e contra sim mesmo, que o levou, sem pretendé-lo, a ganhar a inmortalidade”. Estivo fugido nestas serras do norte e perseguido pola Guardia Civil durante três anos. Um comic por título: O Fillo da Furia, o derradeiro bandido romántico, Demo Editorial (2010), dos lucenses Miguel Fernández Vázquez –desenho– e Manolo López Poy –guiom–, é um retrato “da lenda de Mamede Casanova e os reflexos dumha sociedade onde caciques, lavreg@s, burgueses, curas, emigraçom e forças repressivas tentam conviver numha Galiza profunda, desigual e achantada no poço da miséria”.




HORÁRIOS.

Refúgio de Cascom.


Sexta Feira 16 de Setembro:

19:30hh Recepçom das campistas.

20:30hh Palestra: Decrescimento a debate. Xoam Doldám, professor de Economia Aplicada e membro da associaçom Véspera de Nada.



Sábado 17 de Setembro:

8:00hh. Alvorada e Almorço.

9:00hh Roteiro: Refúgio de Cascom-Candedo-Monte Coriscada-Ponte Segade-Refugio de Cascom.(25 quilómetros)

20:00hh Ceia.

21:00hh Regueifas ao pé do lar.

23:00hh Jogos e foliada.



Sábado 18 de Setembro:

08:00hh. Alvorada e Almorço.

09:00hh Roteiro. Refúgio de Cascom-Nascimento do rio Sor. (10quilómetros)

12:30hh Seminário de prantas, árvores e fauna. Andrés Castro, professor da Escola de Agricultura Ecológica de Vilasantar e colaborador do SLG.



CONSELHOS.

É aconselhável levar tenda, saco-cama, roupa de abrigo, calças longas, roupa de águas, pratos, copo, talheres, lanterna e comida para Sexta Feira e Domingo.

Quem tiver um quinqué que o leve.

Preço: 20€.



Publicarám-se resenhas dos roteiros proximamente.

7 de setembro de 2011

IV ACAMPAMENTO DE MONTANHA

Como chegar?

Desde o sul e o oeste, a referência vai ser As Pontes. Desde ali há que tomar a estrada que vai a Ortigueira. Após passar o Monte Caxado (dous kilómetros depois mais ou menos), apanhamos à direita em direcçom Manhom-O Barqueiro-Riveiras do Sor. Se continuarmos nesta estrada atoparemos à altura da parróquia de Granhas do Sor umha pequena estrada à mao direita direcçom Cascom.

Se temos dificuldades de atopar o refúgio de Cascom, podemos ir a Ponte Segade (mais conhecido). O desvio até Ponte Segade está melhor indicado seguindo a estrada que indicamos antes ( Manhom-O Barqueiro-Riveiras do Sor). Uns kilómetros rio arriba, continuando pola estrada que continua paralela ao rio em direçom ao seu nascimento, atoparemos umha pequena estrada a mao esquerda que baixa até o refúgio de Cascom.

Trem:

Saída desde Ferrol: 08:10 Chegada Barqueiro: 09:40

Saída desde Ferrol: 10:30 Chegada Barqueiro: 11:59

Saída desde Ferrol: 15:18 Chegada Barqueiro: 16:48

Saída desde Ferrol: 18:45 Chegada Barqueiro: 20:15

Info: 981 370 401 (FEVE)

Autocarro:

Ferrol: 07:30 Pontes: 08:45 Preço:4,05 €

Ferrol: 11:00 Pontes: 12:00 Preço:4,05 €

Ferrol: 13:15 Pontes: 14:30 Preço:4,05 €

Ferrol: 17:00 Pontes: 18:00 Preço:4,05 €

Ferrol: 19:00 Pontes: 20:15 Preço:4,05 €


Ferrol: 12:45 O Barqueiro: 14:00 Preço: 7,00 €

Ferrol: 16:30 O Barqueiro: 17:45 Preço: 7,00 €

Ferrol: 19:00 O Barqueiro: 20:35 Preço: 7,00 €

Ferrol: 21:00 O Barqueiro: 22:40 Preço: 7,00 €


Contacto: Teléfono Oficinas: 981 330 046
Teléfono Atención al Cliente: 902 277 482 (ARRIVA).


Desde O Barqueiro e desde As Pontes há que contactar com a organizaçom para ir polas pessoas que decidam deslocar-se por estes meios. O motivo é que nom há transporte público até as Granhas do Sor, à altura de Cascom.


5 de setembro de 2011

IV ACAMPAMENTO DE MONTANHA


Nos vindeiros 16, 17 e 18 de Setembro de 2011, decorrerá o nosso quarto acampamento de montanha com o qual despediremos o verao. Após as ediçons de Sam Joam de Rio (2008), Luviám (2009) e Forcarei (2010), desta vez deslocaremo-nos a terras do norte, no fim da dorsal galega, perto do lugar onde o océano Atlântico muda de nome por Mar Cantábrico. Ali onde, entre as serras da Faladoira e Coriscada no Oeste e a Ganhidoira no Leste, caminha devagar o Rio Sor até a sua uniom com o Mar Cantábrico na ria do Barqueiro. No seu passo polo Concelho de Manhom, na altura da parróquia das Granhas do Sor, teremos a base do nosso acampamento no refúgio de Cascom, à beira do rio.


Serám, três jornadas intensas onde as montanheiras e os montanheiros participaremos dum programa no qual haverá formaçom, conhecimento da natureza, convívio, roteiros e lazer.
Nos vindeiros dias informaremos de como se chega, das carcterísticas dos roteiros, do programa e dos conselhos a ter em conta.

X Acampamento de Verao

Como todos os últimos fins de semana do verao, reunimo-nos num par de jornadas de convívio, caminhadas, lezer e conversa, que servirá...