Director: Llorenç Soler
Video de 1977.
Nº 9 de "Teima", Fevereiro de 1977.
Sobre as agressons às mobilizaçons populares,
‘Autopista a palazos’
‘A paróquia de Salcedo volveu sofrer um outro castigo na luta que muitos dos seus vizinhos mantêm contra “Autopistas do Atlántico”, devido ao passo polas suas melhores terras da autoestrada. Sobre este tema, TEIMA publicará dentro deste mês umha ampla reportagem. Agora, resenhamos unicamente os últimos feitos ocorridos no bairro de Ruibal os dias 2 e 3 de Fevereiro.
Uns setenta afectados polas expropriaçons concentrárom-se na manhá do dia dous diante das suas leiras para que impedir que três pás as arrassassem. Estes proprietários, que nom se oponhem ao passo da autoestrada, exigem polo menos o preço justo polas mui produtivas terras do val. Segundo eles, “Autopistas” nom quer falar de justipreço; só lhe preocupa que as máquinas continuem para a frente. Como os vizinhos nom das deixárom passar, os responsáveis das “Autopistas” chamárom a guarda civil, que tratou que os vizinhos cedessem. A orde era que as máquinas entrassem nas veigas, e os afectados mantivêrom o seu enquanto nom lhe foi oferecido por escrito um preço justo. As forças da orde pressionárom chegando a produzir-se situaçons ao borde da violência. Contam os vizinhos que um rapaz que quijo tirar umhas fotos, tentárom tirar-lhe a cámara; a outro tirárom-no do ponto mais conflitivo apanhado por um lugar nom mui cómodo. Umha outra mulher que fora derrubada na liorta, recebeu umha leve ferida diante dum olho. Mais tarde, e depois de os vizinhos continuarem na sua postura, as paleadoras chegárom a pôr-se em andamento com a gente diante. Aurora Lubiám amarrou-se a umha e sofreu um ataque de nervos; a Berta Badia arrepanhárom-na, rachando-lhe o impermeável; a Maria Montes chegárom a levantá-la em peso com a terra, e tirá-la mais adiante. Tivo que ser reconhecida polo forense. Este nom lhe topou nada, mas o palista foi denunciado no julgado.
À noite, retirárom as pás. Mas voltárom na manhá do dia três, dia de Sam Brais e festa na zona. Também voltou a guarda civil, com efectivos que somavam os trinta números. As posturas dumha e outra banda mantinham-se, e os agentes da autoridade optárom por empregar-se com contundência e deter a três pessoas, com o qual a frente vizinhal rachou e as pás da autoestrada pudérom trabalhar desfazendo umhas leiras que ainda nom som dela.’
Nas mesmas datas, greve do metal em Lugo (província). Primeiro conflito colectivo de entidade naquelas terras. Tinte político, como sempre:
‘Os empresários tratam de nos confundir jogando com os termos “greve política” e “greve laboral”. Aí têm as nossas reivindicaçons, todas elas de carácter económico e social, que se parem a vê-las. E se a nossa luta se politizou ao reivindicar o direito a reunirmo-nos livremente em Assembleias, foi precisamente a causa da política empresarial de pechar-nos os locais dos sindicatos e mandar-nos a polícia.’ (‘Unha folga com moito ferro’).
Sobre as agressons às mobilizaçons populares,
‘Autopista a palazos’
‘A paróquia de Salcedo volveu sofrer um outro castigo na luta que muitos dos seus vizinhos mantêm contra “Autopistas do Atlántico”, devido ao passo polas suas melhores terras da autoestrada. Sobre este tema, TEIMA publicará dentro deste mês umha ampla reportagem. Agora, resenhamos unicamente os últimos feitos ocorridos no bairro de Ruibal os dias 2 e 3 de Fevereiro.
Uns setenta afectados polas expropriaçons concentrárom-se na manhá do dia dous diante das suas leiras para que impedir que três pás as arrassassem. Estes proprietários, que nom se oponhem ao passo da autoestrada, exigem polo menos o preço justo polas mui produtivas terras do val. Segundo eles, “Autopistas” nom quer falar de justipreço; só lhe preocupa que as máquinas continuem para a frente. Como os vizinhos nom das deixárom passar, os responsáveis das “Autopistas” chamárom a guarda civil, que tratou que os vizinhos cedessem. A orde era que as máquinas entrassem nas veigas, e os afectados mantivêrom o seu enquanto nom lhe foi oferecido por escrito um preço justo. As forças da orde pressionárom chegando a produzir-se situaçons ao borde da violência. Contam os vizinhos que um rapaz que quijo tirar umhas fotos, tentárom tirar-lhe a cámara; a outro tirárom-no do ponto mais conflitivo apanhado por um lugar nom mui cómodo. Umha outra mulher que fora derrubada na liorta, recebeu umha leve ferida diante dum olho. Mais tarde, e depois de os vizinhos continuarem na sua postura, as paleadoras chegárom a pôr-se em andamento com a gente diante. Aurora Lubiám amarrou-se a umha e sofreu um ataque de nervos; a Berta Badia arrepanhárom-na, rachando-lhe o impermeável; a Maria Montes chegárom a levantá-la em peso com a terra, e tirá-la mais adiante. Tivo que ser reconhecida polo forense. Este nom lhe topou nada, mas o palista foi denunciado no julgado.
À noite, retirárom as pás. Mas voltárom na manhá do dia três, dia de Sam Brais e festa na zona. Também voltou a guarda civil, com efectivos que somavam os trinta números. As posturas dumha e outra banda mantinham-se, e os agentes da autoridade optárom por empregar-se com contundência e deter a três pessoas, com o qual a frente vizinhal rachou e as pás da autoestrada pudérom trabalhar desfazendo umhas leiras que ainda nom som dela.’
Nas mesmas datas, greve do metal em Lugo (província). Primeiro conflito colectivo de entidade naquelas terras. Tinte político, como sempre:
‘Os empresários tratam de nos confundir jogando com os termos “greve política” e “greve laboral”. Aí têm as nossas reivindicaçons, todas elas de carácter económico e social, que se parem a vê-las. E se a nossa luta se politizou ao reivindicar o direito a reunirmo-nos livremente em Assembleias, foi precisamente a causa da política empresarial de pechar-nos os locais dos sindicatos e mandar-nos a polícia.’ (‘Unha folga com moito ferro’).