Um ano mais as montanheiras e montanheiros de AMAL, fazendo um conhecimento direto da nossa Terra, dezidimonos a desfrutar de tres jornadas de convívio, confraternidade, lazer e aprendizagem coa celebraçom do nosso acampamento anual, desta vez em Forcarei.
Para muitos de nós a comarca de Taveirós e Terra de Montes passara algo despercebida desde que começamos a andar o pais com AMAL. Surprendeu-nos polo salvagem do contorno estando tam perto das cidades de Compostela (50Km) e Pontevedra (40Km). O conjunto montanhoso da Terra de Montes, a modo de anfi-teatro, fecha a comarca polo sur e o leste, com altitudes de 1.000 metros no Monte Seixo, Montes do Testeiro, Serra de Candám e estribos do Monte Chamor, onde tenhem o seu nascimento os rios Úmia e Lérez que, junto co Ulha constituem umha densa rede hidrográfica.
Nom parece que fora umha zona que passase des-apercebida só para nós: na fuxida das gadoupas da morte do fascismo franquista, o deputado agrarista Antón Alonso Rios do Partido Galeguista, escondeu-se nesta comarca facéndose passar por um esmoleiro co nome inventado de sinhor Afranio. Antón Alonso Rios botou case 9 meses em Sorribas, perto do bairro da Ponte de Forcarei. A sua estancia ainda é lembrada por alguns vizinhos de idade avanzada, conservándose o alprende onde dormia e o carvalho baixo o que descansaba.
Instalamos a base do acampamento de Montanha 2010 na antiga escola rural sede da fundaçom Galícia verde, onde trabalham companheir@s noss@s de militância em Galiza nom se vende e que nos deixarom todas as suas instalaçons para o acampamento.
Resumo 6ª feira 17 de setembro
O primeiro dia polo manhá fixemos um Roteiro curto perto de Levoso, sede do acampamento de Montanha 2010. O roteiro, de aproximadamente 5 horas de duraçom, fixémolo polas pistas da parcelaria, que racharom cós caminhos tradicionais, e monte através primeiro até o Outeiro Alto (676m) onde caminhamos polos cumes até Penas Longas (675m).
Desde a altura destes montes podiamos ver até a beira do mar. Malia estar vem longe, pudemos ver localidades da comarca do Barbança como Ribeira.
Logo baixamos até a aldeia de Lirípio e dende alí fomos até a Ermida de Sam Mauro onde nos achegamos à beira do rio Úmia onde comemos.
Posteriormente achegámonos até a aldeia de Quintáns e já voltamos a Levoso.
Coincidindo coa chegada das montanheiras do roteiro, foi aparecendo a maioria da gente participante no acampamento e passamos de ser oito pessoas e 6 tendas de campismo, a juntarnos mais de 40 pessoas e superar as vinte tendas.
Pólo serám desse mesmo dia fixemos a primeira das charlas coa apresentaçom da Fundaçom Galicia Verde, por parte de Henrique Banet. Henrique explicou-nos o seu projecto de recuperaçom e mantemento das sementes galegas e as causas pólas que se estám a perder, principalmente pólos monocultivos empresariais foráneos e o abandono da Terra coa emigraçom campo-cidade.
Resumo sábado 18 de setembro
O sábado, como vem sendo tradiçom nos acampamentos de AMAL, acordamos dos sonhos com alvorada de gaita. Organizados os grupos de turmas de trabalho o dia anterior, antes das 8h já havia montanheiras quentando o almorço para todas.
Este segundo dia fixemos um percurso longo: Saimos de Levoso às 9:30h como estava previsto e comezamos a caminhar cara Duas Igrejas, percurso que nos levou duas horas.
No caminho atravessamos a aldeia de Rabadeiras percorrendo antigas corredoiras polas que ainda passa o gado, mui abundante nesta zona do Pais. Baixamos de Duas Igrejas até o rio Lerez e colhemos o caminho dos pescadores, convertido agora numha rota sinalizada como Rota das pontes do rio Lérez (PR-G 113) seguindo o percurso que debuxa, sempre pola sua beira.
Logo de 2Km a rota marcada afasta-se do rio mas nós seguimos pola beira do Lerez.
Mais dumha vez tivemos que cruzar o rio ja que as silvas fechavam o passo por nom ter passado ninguém por este caminho antigo em bastante tempo.
Na preparaçom deste roteiro dias antes, nessa mesma zona fechada pola maleza as pessoas organizadoras tivemos o privilegio de ver como um grupo de cinco lobos, dous pequenos e tres grandes, marchavam ao trote silenciosamente alertados pola nossa presença. Provavelmente, logo de anos com esse caminho fechado, se convertera este espaço num lugar de tranquilidade e mesmo de cria para os lobos que ainda ficam em Terra de Montes.
Comemos numha zona de pozas coa intençom de nos banhar mas a água estava fria demais e @s montanheir@s nom se animarom.
Depois de reponher forzas seguimos caminho para enfrontarnos à subida dende o rio a aldeia de Andóm. Esta subida resultou a parte mais divertida do trajecto ja que tivemos que realizar pequenas trepadas polas penas para alcançar os prados que se situavam à altura de Andóm.
Dendê Aciveiro até a ponte velha de Andóm, a rota coincide no seu trazado co PR-G100 “Sendeiro Natural Aciveiro-Candám”.
Em Andóm detivémonos na ponte medieval onde colhemos o caminho do empedrado tradicional até um precioso entorno de fraga:
Em Andóm retomamos a rota marcada PR-G 113 que seguimos até chegar a Duas Igrejas atravessando o Lerez pola ponte da Carvalha). De Andóm fomos o Mosteiro de Aziveiro (750m de altitude). Pudemos entrar no mosteiro e ver o seu claustro.
Logo retomamos o roteiro por umha das zonas mais duras moralmente do percurso durante 4 duros quilómetros onde por uma banda podíamos ver a Serra do Candám ao fondo, destroçados os seus cumes de mais de 1000 metros polas eólicas, e ao nosso arredor o mono-cultivo industrial de pinheiro.
Logo baixamos de novo ao verde das fragas do rio Lerez até retomar o percurso do rio pólo caminho dos pescadores.
Finalizamos desandando parte do caminho feito pola manhá chegando a Duas Igrejas, logo rematamos em Levoso, na sede do nosso acampamento.
À noite aprendemos de astronomia no observatório astronômico de Forcarei, onde nos explicarom como funciona o telescópio e nos derom noçons básicas sobre a matéria.
Resumo domingo 19 de setembro
A alvorada do domingo foi de gaita e trombóm. Logo do almorço tivemos obradoiros de orientaçom com mapas e compás a cargo do companheiro Miguel de Lugo.
Posteriormente tivemos a charla formativa sobre a questom florestal na Galiza com Pedro Alonso que participou como experto para nos mostrar até que ponto chegam as agressons sobre a floresta galega.
Logo da comida e do convivido dos três dias, realizamos o feche do acampamento coa recolhida das nossas cousas e o agradecimento ao Henrique e a Mabel pola sua hospitalidade e amabilidade com que nos acolherom.