Nom somos nós as surpredidas pola vaga de incêndios que está a asolar o país mais umha vez e que se torna especialmente trágica agora por se ter queimado parte das Fragas do Éume.
Agora os políticos voltam coma sempre tratar o assunto como umha catástrofe natural impredecível, levada a cabo por delinqüentes e investindo milheiros de euros na extinçom umha vez que nom se fixo nada para a prevençom. E quando o incêndio avanzou e foi devastador, descobreu-se a incompetência e mala gestom, mentido sobre a realidade porque segundo informaçons directas ardérom arredor de 1000ha (nom 750 como di a Xunta) das quais 400-500 dentro do parque natural, o lume afectou principalmente à zona de reserva; à zona de maior valor ambiental pola flora e fauna que contem.
As primeiras análises dim que o acontecido pode-se qualificar coma um atentado ecológico já que afectou âs fragas melhor conservadas e às zonas onde se assenta um maior número de espécies catalogadas e de espécies subtropicais e o dano ambiental acrescenta-se pola época na que nos atopamos: floraçom e ciclo reprodutivo de moitas espécies de anfíbios e reptis. Se chover a acidez matará as larvas e/ou os ovos.
Qualquer pessoa com sentido comum sabe que a melhor forma de evitar umha catástrofe e a prevençom, assi é recolhido em qualquer manual básico de emergências e assim se fai no caso da seguridade dos prédios, nos barcos, nos automóveis, nos centros desportivos e de lazer, etc. No entanto no caso do monte, a política forestal levada a cabo polo PP e polo bipartito (PSOE-BNG) baseiou-se principalmente no contrário da máxima bem conhecida por todo o mundo: previr antes de curar.
A irracionalidade do atual modelo florestal que esqueze os serviços ambientais e sociais do monte e da biodiversidade, que fomenta os monocultivos e que permitiu a proliferaçom de eucaliptos dentro do parque das fragas do Éume, é conseqüência da miopia dum sistema de luita contra o lume que segue primando a extinçom e o desbaldimento de recursos em lugar de investir em prevençom.
En lugar de investir na prevençom inviste-se nos serviços de extinçom, e actualmente nem isso já que os investimentos nos servizos de incêndios reducirom-se consideravelmente nos últimos anos e quando nom, militarizarom-se delegando no ejército espanhol o trabalho próprio da populaçom civil galega. Incumple-se reiteradamente a Lei de Prevençom de Incêndios Forestais, precariza-se a contrataçom dos serviços de extinçom e avandonam-se terras agrícolas e plantando nelas eucaliptos e pinheiros. Desenha-se umha nova Lei de Montes (ainda um projecto) que dá mais facilidades para a entrada de empressas na exploraçom do monte, reduce as faixas de segurança contra os incêndios arredor dos núcleos de populaçom, generaliza a invasom do eucalipto favorescendo a introduçom massiva de cultivos de agromasa e energéticos nos montes e facilita o cámbio de usso de terras agrárias a usso forestal.
Pensemos por um intre que aconteceria se avandonasemos as cidades? Nom ficariam em ruínas? Nom seriam mergulhadas pola floresta selvagem? Pois bem, o que está a acontecer nos nossos montes é que nom há novas geraçons que mirem por eles que se assentem no rural para aproveitarem os seus recursos respeitando os seus ritmos biológicos. Essa identidade de verdadeira gestom forestal própria dos nossos "velhos" e "velhas" está a desaparescer, sendo desprestigiada polos governantes que olham para o rural e vem apenas os benefícios económicos que traceria sua exploraçom.
Nom pensamos que exista um povo louco que queima os montes. Pola contra cremos que existe sim, umha mao escura que desenha para o monte galego massas de eucliptos para satisfacer as necessidades de ENCE; multitude de parques eólicos em zonas de máxima proteçom; pistas e concentraçons parcelárias em maos de multinacionais madereiras; proxectos mineiros e louseiros que fam estremecer as miradas de quem habitavam esses montes (agora furados e com entulheiras); autoestradas e AVEs que como umha navalhada fam umha fenda de destruiçom e incomunicaçom ali por onde passam; desenho de parques naturais sem plam de ussos, valeiros de contido, orientados à turistificaçom e ao consumo de paisagem verde; e assim mil e um exemplos espalhados pola nossa geografia. Pensamos que estes som os maiores inimigos que tem a nossa Terra e o nosso monte.
Mas nom avonda com combate-los. A nossa identidade colectiva como povo deve ser restaurada. O amor a Terra deve ser a nossa bandeira. Devemos reocupar aos ermos nos que convertemos às nossas aldeias, leiras, prados, soutos e carvalheiras. Desterrar o consumismo e combater o capitalismo.
Mudemos a indignaçom em revolta!
Pola língua, a terra e o mar: Galiza Ceive, Poder Popular!
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