17 de novembro de 2010

PALESTRA: Rio Belehe e fragas do Eume, ameazados por um projecto mineiro


Nesta Quinta Feira 18 de Novembro, às 20:30hh terá lugar unha charla no concello d'As Pontes, na Casa do Peso, sobre "Mineiria e impactos Socioeconómicos - Projectos irreversíveis - Casos: Pico Velho e O Courel".


Participarám na Palestra:

  • Xoán Ramón Doldan, Professor de Economia Aplicada da USC

  • Orlando Álvarez, de SOS Courel

Organizado por: Adega, A.M.A.L. (Agrupaçom de Montanha Aguas Limpas), Comité pola Defensa das Rías Altas, Club Montaña Ferrol, Colectivo Ártabra 21, Coordenadora OºOO'OO”, DROSERA, Federación Ecoloxista Galega, Fusquenlla, G.N.Hábitat, Guerrilleiros das Fragas, Lapis Verdes, O Rabo do Galo, Saramaganta, Sociedade Galega de Historia Natural e Verdegaia.


Nos últimos meses, estas organizaçons, estamos la luitar para que a Xunta de Galiza e a empressa Picobello Andalucita S.L. (de capital sul-africano) ejecutem o seu projecto mineiro na parróquia de Goente, que indubidavelmente afectaria letalmente ao rio Belelle e ao PN Fragas do Eume.


A mina a ceu aberto ocuparia umha extensom de 27 hectáreas e tem por objecto extraer um mineral chamado Andalucita que se emprega maiormente para a elaboraçom de tijolos refractários. Situa-se no monte Fontardiom (665m.), parróquia de Goente (Concelho das Pontes) ao carom dos lindeiros das Fragas do Eume.


Para conqueri-lo é necessário estragar umha fraga practicamente virgem (a fraga de Pico Velho) e o rio Belelhe de jeito irreversível e provocar afecçons ambientais de distinta consideraçom ao PN Fragas do Eume.


Em concreto a mina destruiria:


- Os hábitats de espécies de flora e fauna qualificados como “vulneráveis” polo Catálogo Galego de Especies Ameazadas.


-Hábitats de interesse prioritário estabelecidos pola Uniom Europeia.


-As captaçons de auga para consumo humano nos concelhos da Capela, Fene, Neda e Ferrol ja que falamos dum rio livre de verteduras ressiduais directas.


-O rio Belelhe e o Salto de Auga do Roxal, devido a que o núcleo da mina estabelece-se sobre o própio leito.


Levamos realizado várias acçons para defender o rio e tratar de frear o projecto de exploraçom (que já fora desautorizado polo anterior governo da Xunta). Entre ellas umha denúncia ante a Fiscalia de Méio Ambiente e os organismos competentes; várias palestras; um roteiro reivindicativo pola fraga de Pico Velho; umha ciberacçom (envio de correios massivos a administraçons como da Xunta de Galiza e o alcalde das Pontes); e entrevistas com os alcaldes dos concelhos directamente afectados ou próximos à mina.


O RIO NECESSITA-TE… PODEMOS PARAR A DESFEITA!!


MÁIS INFO: nos webs dos grupos citados e no blogue:

http://picovello.blogspot.com

15 de novembro de 2010

Calendário de roteiros 2010 - 2011






A Agrupaçom de Montanha “Augas Limpas” organiza várias marchas anuais de conhecimento directo da Terra, recuperaçom da memória histórica e desfrute da sua riqueza natural. Mas também de denúncia das muitas agressons que padece, a maos de Espanha e do capitalismo, que estragam o património de todos em favor do lucro imediato.

Canteiras, parques eólicos, AVE, autovias, eucaliptizaçom, cementeiras... aproximam-nos mais à desfeita definitiva e roubam o nosso território por um monte de euros.

Une-te a nós para gozar desta Terra e para assinalar os responsáveis da desfeita.


Este é um calendário orientativo das que seram as marchas da AMAL nos vindeiros meses. A parte, cada comarca organizará mais roteiros e actividade durante o ano.


27-28 Novembro 2010: Marcha polos Oscos.

Janeiro 2011: Roteiro de inverno polos Ancares.

Abril 2011: Marcha mixta (um tramo em bicicleta e outro caminhando) por Terra de Montes.

Setembro 2011: IV Acampamento de montanha.

14 de novembro de 2010

Crônica do Acampamento de montanha 2010


Um ano mais as montanheiras e montanheiros de AMAL, fazendo um conhecimento direto da nossa Terra, dezidimonos a desfrutar de tres jornadas de convívio, confraternidade, lazer e aprendizagem coa celebraçom do nosso acampamento anual, desta vez em Forcarei.


Para muitos de nós a comarca de Taveirós e Terra de Montes passara algo despercebida desde que começamos a andar o pais com AMAL. Surprendeu-nos polo salvagem do contorno estando tam perto das cidades de Compostela (50Km) e Pontevedra (40Km). O conjunto montanhoso da Terra de Montes, a modo de anfi-teatro, fecha a comarca polo sur e o leste, com altitudes de 1.000 metros no Monte Seixo, Montes do Testeiro, Serra de Candám e estribos do Monte Chamor, onde tenhem o seu nascimento os rios Úmia e Lérez que, junto co Ulha constituem umha densa rede hidrográfica.


Nom parece que fora umha zona que passase des-apercebida só para nós: na fuxida das gadoupas da morte do fascismo franquista, o deputado agrarista Antón Alonso Rios do Partido Galeguista, escondeu-se nesta comarca facéndose passar por um esmoleiro co nome inventado de sinhor Afranio. Antón Alonso Rios botou case 9 meses em Sorribas, perto do bairro da Ponte de Forcarei. A sua estancia ainda é lembrada por alguns vizinhos de idade avanzada, conservándose o alprende onde dormia e o carvalho baixo o que descansaba.


Instalamos a base do acampamento de Montanha 2010 na antiga escola rural sede da fundaçom Galícia verde, onde trabalham companheir@s noss@s de militância em Galiza nom se vende e que nos deixarom todas as suas instalaçons para o acampamento.

Resumo 6ª feira 17 de setembro
O primeiro dia polo manhá fixemos um Roteiro curto perto de Levoso, sede do acampamento de Montanha 2010. O roteiro, de aproximadamente 5 horas de duraçom, fixémolo polas pistas da parcelaria, que racharom cós caminhos tradicionais, e monte através primeiro até o Outeiro Alto (676m) onde caminhamos polos cumes até Penas Longas (675m).

Desde a altura destes montes podiamos ver até a beira do mar. Malia estar vem longe, pudemos ver localidades da comarca do Barbança como Ribeira.

Logo baixamos até a aldeia de Lirípio e dende alí fomos até a Ermida de Sam Mauro onde nos achegamos à beira do rio Úmia onde comemos.
Posteriormente achegámonos até a aldeia de Quintáns e já voltamos a Levoso.


Coincidindo coa chegada das montanheiras do roteiro, foi aparecendo a maioria da gente participante no acampamento e passamos de ser oito pessoas e 6 tendas de campismo, a juntarnos mais de 40 pessoas e superar as vinte tendas.


Pólo serám desse mesmo dia fixemos a primeira das charlas coa apresentaçom da Fundaçom Galicia Verde, por parte de Henrique Banet. Henrique explicou-nos o seu projecto de recuperaçom e mantemento das sementes galegas e as causas pólas que se estám a perder, principalmente pólos monocultivos empresariais foráneos e o abandono da Terra coa emigraçom campo-cidade.

Resumo sábado 18 de setembro
O sábado, como vem sendo tradiçom nos acampamentos de AMAL, acordamos dos sonhos com alvorada de gaita. Organizados os grupos de turmas de trabalho o dia anterior, antes das 8h já havia montanheiras quentando o almorço para todas.


Este segundo dia fixemos um percurso longo: Saimos de Levoso às 9:30h como estava previsto e comezamos a caminhar cara Duas Igrejas, percurso que nos levou duas horas.

No caminho atravessamos a aldeia de Rabadeiras percorrendo antigas corredoiras polas que ainda passa o gado, mui abundante nesta zona do Pais. Baixamos de Duas Igrejas até o rio Lerez e colhemos o caminho dos pescadores, convertido agora numha rota sinalizada como Rota das pontes do rio Lérez (PR-G 113) seguindo o percurso que debuxa, sempre pola sua beira.

Logo de 2Km a rota marcada afasta-se do rio mas nós seguimos pola beira do Lerez.

Mais dumha vez tivemos que cruzar o rio ja que as silvas fechavam o passo por nom ter passado ninguém por este caminho antigo em bastante tempo.

Na preparaçom deste roteiro dias antes, nessa mesma zona fechada pola maleza as pessoas organizadoras tivemos o privilegio de ver como um grupo de cinco lobos, dous pequenos e tres grandes, marchavam ao trote silenciosamente alertados pola nossa presença. Provavelmente, logo de anos com esse caminho fechado, se convertera este espaço num lugar de tranquilidade e mesmo de cria para os lobos que ainda ficam em Terra de Montes.
Comemos numha zona de pozas coa intençom de nos banhar mas a água estava fria demais e @s montanheir@s nom se animarom.

Depois de reponher forzas seguimos caminho para enfrontarnos à subida dende o rio a aldeia de Andóm. Esta subida resultou a parte mais divertida do trajecto ja que tivemos que realizar pequenas trepadas polas penas para alcançar os prados que se situavam à altura de Andóm.


Dendê Aciveiro até a ponte velha de Andóm, a rota coincide no seu trazado co PR-G100 “Sendeiro Natural Aciveiro-Candám”.

Em Andóm detivémonos na ponte medieval onde colhemos o caminho do empedrado tradicional até um precioso entorno de fraga:

Em Andóm retomamos a rota marcada PR-G 113 que seguimos até chegar a Duas Igrejas atravessando o Lerez pola ponte da Carvalha). De Andóm fomos o Mosteiro de Aziveiro (750m de altitude). Pudemos entrar no mosteiro e ver o seu claustro.

Logo retomamos o roteiro por umha das zonas mais duras moralmente do percurso durante 4 duros quilómetros onde por uma banda podíamos ver a Serra do Candám ao fondo, destroçados os seus cumes de mais de 1000 metros polas eólicas, e ao nosso arredor o mono-cultivo industrial de pinheiro.
Logo baixamos de novo ao verde das fragas do rio Lerez até retomar o percurso do rio pólo caminho dos pescadores.

Finalizamos desandando parte do caminho feito pola manhá chegando a Duas Igrejas, logo rematamos em Levoso, na sede do nosso acampamento.
À noite aprendemos de astronomia no observatório astronômico de Forcarei, onde nos explicarom como funciona o telescópio e nos derom noçons básicas sobre a matéria.


Resumo domingo 19 de setembro
A alvorada do domingo foi de gaita e trombóm. Logo do almorço tivemos obradoiros de orientaçom com mapas e compás a cargo do companheiro Miguel de Lugo.


Posteriormente tivemos a charla formativa sobre a questom florestal na Galiza com Pedro Alonso que participou como experto para nos mostrar até que ponto chegam as agressons sobre a floresta galega.


Logo da comida e do convivido dos três dias, realizamos o feche do acampamento coa recolhida das nossas cousas e o agradecimento ao Henrique e a Mabel pola sua hospitalidade e amabilidade com que nos acolherom.

11 de novembro de 2010

Até sempre companheiro



As companheiras e companheiros teus nom sabemos como expressar a imensa dor que nos causa a tua perda. Martinho, foches umha pessoa que hai nada andavas polo monte com nós e em mui pouco tempo perdemos-te.

Gardaremos-te sempre na memória dando-te a melhor homenagem, aplicando as tuas ensinanzas: Luitaremos pola Galiza que desejavas, à que lhe adicaches toda a vida.

Viva Galiza ceive e socialista!!!

X Acampamento de Verao

Como todos os últimos fins de semana do verao, reunimo-nos num par de jornadas de convívio, caminhadas, lezer e conversa, que servirá...