18 de novembro de 2008

Calendario dos vindeiros roteiros

Iremos completando a informaçom segundo se acheguem as datas dos roteiros.

ADIADO ROTEIRO POLOS AQUILANOS PAR O 20 E 21 DE DEZEMBRO
Montes Aquilanos:

SAÍDA:
sexta feira, dia 19 de Dezembro desde Monforte polo serám.
RETORNO: domingo, dia 21 ao meio-dia
  • Sexta 19: Para poder comezar a caminhar cedo durmira-se já nas redondezas dos Aquilanos (baixo teito e no chao) nas imediaçons dos montes. Isto facilitará madrugarmos no sábado para poder chegar desde a Aquiana (1849 m) até a Cabeça d´Égua (2134 m) e depois voltar.
  • Sábado 20: Saída desde a Aquiana até Cabeça d´Egua (2134m) e volta. A distância total e de 18 quilómetros. Dormida em tenda de campismo (nom a carregaremos durante a marcha).
  • Domingo 21: Pequena andaina de manhá polas Penas de Ferradilho. Retorno o mesmo domingo 30 ao meio-dia.
Para termos um maior conhecemento da zona que imos vissitar é conveniente revisar a resenha colgada na primeira marcha da AMAL (http://aguaslimpas.blogspot.com/2005_11_01_archive.html ), já que a deste o 20 é umha repetiçom de aquela.

COMIDA: será preciso levar comida para sexta à noite, almoço do sábado e jantar (para levar durante a marcha), almoço e jantar do domingo. Na ceia do sábado serviremos qualquer tipo de sopa, mas cada quem levará onde comê-la (prato, taça, culher...) e se se quere pam para acompanhar, também.

OUTROS: Quase com certeza que daremos com neve, polo que deveremos ir com o material adecuado.
-Tenda de campismo, saco-cama, mantas...
-Roupa de abrigo (casaco, luvas pucho....) e mudas. Polainas ou calças impermeáveis (para andar por neve é bom impedir que esta entre nas botas, polo que mesmo com sacas plásticas se podem improvisar umhas polainas para quem nom tiver).
-Lámpadas: para remexer-se na ceia. Trazei as que tenhais pois nunca sobram.
- Garrafas ou cantimploras de auga.

IMPORTANTE: Confirmar assistência antes da quinta 18, para poder calcular a ceia do sábado. Para fazê-lo enviai e-mail com os vossos nomes ou avisai qualquer responsável da Agrupaçom. Nom garantimos ceia para quem nom se anotar.
Contacto: 988 28 00 11 de segundas a sextas entre 16:00 e 19:00.
Dificuldade: Media-alta. Roteiro de neve e de altura.



MES DE DEZEMBRO
Roteiro pola comarca do Deça-Taveirós:Roteiro organizado pola Comarcal de Compostela de AMAL. Por concretar a ruta. Contacto: 606 359 166. De segundas a sextas entre 14:30 a 15:30 e entre 22:30 e 23:30.
Dificuldade: Media-baixa.

10 E 11 DE JANEIRO
Roterio pola comarca do Návia-Eu. Serra da Penouta:

  • Sábado 10: Faremos a primeira etapa de 18km. Durmira-se numha antiga escola de Indianos em Doiras (Concelho de Boal). A altura máxima que alcançaremos serám 950 metros. Boa parte das montanhas as que subiremos caracterízan-se por romper coa paisagem mais habitual dos montes galegos e som com maiores pendentes e cúmios de pedra caliza.
  • Domingo 11: A segunda etapa é de baixa intensidade de 12 Km. Toparemos bastantes mámoas e túmulos funerários. A volta do segundo dia percorrera-se as vieras do rio Návia com frondosas fragas.
Material: Levade roupa para montanha baixa ainda que pode que nos atopemos com pequenos tramos de neve pola época do ano na que iremos. Comprobade o tempo que vai fazer os dias anteriores. Levade tenda (nom caminharemos coas tendas, deixarán-se no sitio de dormida para a noite).
Contacto: 649 536 270 de manhá ou polo serám.
Dificuldade: Media.

14 E 15 DE FEVEREIRO
Maciço de Trevinca e Teixadal de Casaio: Contacto: 988 28 0011 de segundas a sextas entre 16:00 e 19:00.
Dificuldade: Media-alta. Roteiro de neve e de altura.

FÉIRAS DE PÁSCUA
Ruta cicloturista do rio Lima:Iremos até Tui pola beira portuguesa.
Contacto: Miguel Ourense.

7 E 8 DE MAIO
Monte do Invernadoiro:
Visita a Áugas Limpas.
Contacto: Estrela ou Curto.

SETEMBRO
Acampamento de Montanha 2009:
Possivelmente seja na Seabra. A concretar os datos em datas mais próximas ao acampamento.

Calendario dos vindeiros roteiros

Iremos completando a informaçom segundo se acheguem as datas dos roteiros.

29 E 30 DE NOVEMBRO
Montes aquilanos:
Sexta 28: durmida já nas redondeças dos Aquilanos (baixo teito e no chao)
Sábado: Saída desde a Aquiana até Cabeça d´Egua (2134m) e volta. Total distáncia: 18 quilómetros. Durmida em tenda de campismo (nom a cargaremos durante a marcha)
Domingo: pequena andaina matutina polas Penas de Ferradilho.
Contacto: Antom 988 28 00 11 de segundas a sextas entre 16:00 e 19:00.
Dificultade: Media-alta.

DEZEMBRO
Roteiro pola Comarca de Compostela:
Roteiro da Comarcal de Compostela. Por concretar a ruta.
Contacto: 600 258 464.de segundas a sextas entre 14:30 a 15:30 e entre 22:30 e 23:30.
Dificultade Media-baixa.

10 E 11 DE JANEIRO
Roterio pola comarca do Návia-Eu. Serra da Penouta:
O dia 10 de janeiro faremos a primeira etapa de 18km. Durmira-se numha antiga escola de Indianos em Boal. O dia 11 a segunda etapa é de baixa intensidade de 12 Km.
Material: Nom caminharemos coas tendas, deixarán-se no sitio de durmida para a noite.
Descriçom: A altura máxima que alcanzaremos serám 950 metros, atoparemos bastantes mamoas e túmulos funerarios. A volta do segundo dia percorrerá as vieras do rio Návia com frondosas fragas. Boa parte das montanhas as que subiremos caracterízan-se por romper coa dinámica habitual dos montes galegos e som com maiores pendentes e cúmios de pedra caliza.
Contacto: Bernardo 649 536 270 de manhá ou polo serám.
Dificultade Media.


14 E 15 DE FEVEREIRO
Maciço de Trevinca, Teixadal de Casaio:
Contacto: Antom 988 28 0011 de segundas a sextas entre 16:00 e 19:00

FÉIRAS DE PÁSCUA
Ruta cicloturista do rio Lima até Tui pola beira portuguesa.
Contacto: Miguel Ourense

7 E 8 DE MAIO
Monte do Invernadoiro (visita a Áugas Limpas)
Contacto: Estrela ou Curto.

SETEMBRO
Acampamento de Montanha 2009.

Intervençom de AMAL na palestra: O modelo de desenvolvemento actual e as luitas ecologistas na Galiza



Sam Joam de Rio, 19 de Setembro de 2008

Boa tarde a todas e todos,

A Agrupaçom de Montanha 'Aguas Limpas' nasceu há agora três anos. Nom inventou nada novo, apenas queria revitalizar um legado importante do independentismo, para ajeitá-lo aos novos tempos. Um velho lema diz que "para defender a terra hai que amá-la; e para amá-la há que conhecê-la". Isto, que parece umha obviedade, nom o é tanto, nem o foi tempo atrás. Para combater a ignorância que sobre a nossa riqueza e o nosso património tinha tanto galeg@, nascêrom o Seminário de Estudos Galegos, na década de 20; os grupos Ultreia, na década seguinte. E, mais perto de nós, a Coordenadora Galega de Roteiros, que em tempos mais difíceis que estes (quando o independentismo ainda se estava a recompor com novas geraçons) obrigou a muitos e muitas de nós a calçar as botas e andar as corredoiras.

Ao longo de catorze roteiros, nesta pequena jeira andada, volvêrmos a pôr os pés na Terra. @s galeg@ do século XXI vivemos cada vez mais numha borbulha de artificialidade, longe da base material, que será a única que permita recompor a Galiza do futuro. Horas das nossas vidas perdem-se em trabalhos insalubres, que produzem lixo; o nosso lazer ata-se ao dinheiro, o que à sua vez nos obriga a ser mais dóceis com o patrom; renunciamos a olhar o mundo com os próprios olhos e perdemos horas diante das pantalhas, aguardando que outros nos expliquem a película; nom sabemos quando vai chover nem que saúde tem o nosso monte; isso si, conhecemos melhor Amsterdam ou Bilbao que as parróquias do nosso concelho.

De AMAL queremos contribuir a rematar com este sem sentido, sabedores que umha verdadeira emancipaçom nacional passa por conhecer milimetricamente o nosso. Por isso, para nós, a paisagem nom é um debuxo de postal, como para os amantes dos parques naturais e passeantes em todo terreno. A paisagem som as vizinhanças que se resistem a deixar a Terra dos seus; a história de luita gravada nas pedras, nas corredoiras, nas aldeias e nas vilas; as derrotas históricas -tantas- e as pequenas vitórias; a Terra que nom é virgem, senom produto do trabalho abnegado de geraçons de galegas e galegos. Conhecer e amar umha Terra nom é doado: precisa-se pelejar com inercias, abandonar de quando em vez o asfalto, deixar a molice do consumo. Mas é barato e gratificante: precisam-se só umhas botas, umhas boas calças, e uns mapinhas de orientaçom.

Além do conhecimento, de AMAL também quixemos pular pola irmandade, umha palavra clássica e mui importante no nosso soveranismo. Dos Irmandinhos às Irmandades e o PG, chegando ao EGPGC. Vivemos rodeados de mensagens, palavras, ondas e pantalhas, todo é ruído. Mas a comunicaçom nom abunda. Porque para que haja comunicaçom precisa-se algo de silêncio (e silêncio sobra nos nossos montes, sobretudo naqueles que as conselharias do BNG ainda nom destroçárom), e ganhas de intercambiar ideias. O ruído -como a música electrónica- só pretende evadir-nos, "desconectar-nos" e fazer-nos esquecer. O diálogo pretende formar-nos. Durante demasiado tempo a política (também a independentista) foi umha sucessom de ruídos, de debates absurdos, de discussons por palavrinhas. Sair ao monte, partilhar jornadas e trabalhos por parte das pessoas implicadas em tantas frentes de trabalho (centros sociais, meios de comunicaçom, colectivos anti-repressivos...) serve também para assentar a nossa comunidade de resistência.

E finalmente, a AMAL nom se nos escapa que nom todo é contemplaçom (por necessária que for), nem trabalho interno (que também é preciso). Os independentistas precisamos organizaçons de acçom. Como alô onde imos vemos a desfeita, for em forma de espólio energético, canteiras, autovias, desertizaçom de aldeias, também queremos levar a denúncia. O nosso berro, diredes, é apenas um matiz contra tanto latrocínio. É-o. Um grauzinho de areia, mas sabendo que som estes grauzinhos, geraçom trás geraçom, os que fam o monte; e que som os graus de areia, por vezes, os que estragam a engrenagem mais grande e mais complicada. Em três aninhos sementamos e deixamos umha mensagem incómoda, que deve de ser continuada: pugemos em causa a ideia do progresso e do crescimento económico, como se a riqueza dum país se pudesse medir num PIB (que só mede o número de transacçons monetárias dum território); resgatamos a ideia de austeridade, de viver dignamente com pouco, e pugemos em circulaçom a necessidade dum decrescimento pilotado por gente de abaixo.

O caminho foi aberto e, neste país dos mil rios e "vicioso de caminhos" (como dizia um clássico), ainda resta todo por andar e luitar. Convidamos-vos a fazê-lo com nós.

Saúde e Pátria.



CRONICA DO ACAMPAMENTO. TERRA DE TRIVES. SETEMBRO DE 2008



Crónica do acampamento de montanha

Nom sabemos ainda muito bem porquê, mas sem vontade de juntar muita gente, aos poucos, fomos ampliando o número de participantes nas nossas actividades e nos nossos roteiros. Se calhar é que o lazer que se oferta está cada vez mais ligado ao consumo e ao sedentarismo e aos poucos vam-nos tirando as actividades alheias ao mercado como as que AMAL propom: activas, de natureza e anti-consumistas.


Achamos que este está a ser o sucesso de AMAL e de que juntássemos 60 pessoas neste acampamento simplesmente tirando um cartazinho para pôr nos centros sociais e anunciando-o no nosso web. Mesmo há quem se queixou de que com tanta gente nos roteiros nom damos criado convívio entre o grupo e a possibilidade de interagir entre tod@s. Por outra banda, como vem sendo habitual, nom perdemos a oportunidade de criarmos consciência e compromisso de luita pola Terra entre a nossa militáncia.


As datas escolhidas fôrom o 19, 20 e 21 de Setembro, justo os últimos dias de verao. O lugar, o concelho de Sam Joam de Rio, no coraçom dumha das comarcas montanhosas mais senlheiras: Terras de Trives. numha terra que se salvou das coiteladas das grandes infraestruturas, mas está a padecer a falta de atençom e despovoa-se irremissivelmente como todo o rural galego.


1º Dia. Sexta-feira 19 de Setembro de 2008


O primeiro dia foi a chegada ao nosso destino, para alguns umha longa viagem de mais de quatro horas desde comarcas tam nortenhas como Bezoucos, Trasancos ou a Comarca de Lugo. O acampamento estava situado no beira dum rio a um bocado mais dum quilómetro do centro da vila de Sam Joám de Rio.


A primeira actividade de formaçom em reconhecimento de plantas correu a cargo de Íria, Sánti e Raquel, expertos na vida ao ar livre, mostrarom-nos que mesmo no entorno próximo do acampamento já tínhamos vegetais para muitos de nós desconhecidos e que nos podem servir de alimento. Toda essa herdança esquecida, o património sobre o conhecimento do nosso meio, perdemo-lo das geraçons anteriores e graças a actividades como estas imos agora redescobrindo @s galeg@s do século XXI.






Já no serám figemos a palestra sobre o modelo de desenvolvimento actual e as luitas ecologistas na Galiza por SOS Grova, SOS Caurel, SOS Monteferro e AMAL (a nossa intervençom podes lê-la aqui: http://aguaslimpas.blogspot.com/2008/11/fotos-do-acampamento.html). Nela explicou-se ao auditório as luitas de cada um dos colectivos e o trabalho em conjunto que estamos a levar a cabo dentro da plataforma “Galiza nom se vende”.


SOS Courel explicou como a sua comarca está a se vender aos interesses privados e empresariais coa cumplicidade dos políticos e co desconhecimento geral d@s galeg@s. SOS Courel explicou os interesses agachados trás dos incêndios e as relaçons entre a criaçom de pistas e as prácticas de caça no Courel. Também insistiu SOS Courel na destruiçom que está a provocar o desarrolhismo coa criaçom de canteiras de lousa coa escusa da sempre cacarexada nestes casos de criaçom de “puestos de trabajo” que sempre significa pam para uns poucos hoje e fame para amanhá para tod@s. O despovoamento do rural e a falta de atençom ás necessidades reais desta comarca foi também motivo de análise por parte do porta-voz de SOS Courel.


SOS Grova fijo umha explicaçom geral da destruiçom inecessária que estám a provocar os parques eólicos no conjunto da Galiza e na Serra da Grova: A instalaçom destes parques nom atende ás necessidades no nosso povo já que nom se está a substituir esta energia pola nom renovável e nom se está a reduzir o consumo. A energia renovável nom é alternativa á nom renovável na Galiza. A implantaçom da energia eólica na Galiza só se explica polo crescimento das cifras macroeconômicas que leva implícito o capitalismo já que nom se esta a utilizar como substitutória às nom renováveis. O Plan eólico de Galicia nom está feito para as energias renováveis serem alternativas ás nom renováveis. Enquanto se constroem parques eólicos estragando os montes nom se desmantelam as térmicas nem se deixam de construir mini-centrais. Polo tanto, a energia eólica na Galiza nom é umha energia alternativa. Todo isto sem entrarmos a analisar que a Galiza é excedentária em produçom de energia eléctrica. No caso da Grova, a estes factores antes mencionados unem-se-lhe a ameaça de destruiçom dum rico património arqueológico de se chegar a construir o parque.


Das súas intervençóns de SOS Grova e SOS Courel tiramos umha conclussom em comum: O beneficio real dos proprietários e usuários do monte (pessoas e animais) vai ser ínfimo em comparaçom com o benefício tirado por gente alheia ao uso e domínio da terra ao longo dos séculos. Quem nunca se preocupou por ela nem tem mais interesse do que o temporal (enquanto os benefícios durarem) vam tirar umha grande vantagem. No entanto, estám a se perder para sempre valores ecológicos irrecuperáveis, que só se construíram depois de milhons de anos.


O porta-voz de
SOS Monteferro, Xosé Reigosa, foi o encarregado, a petiçom de AMAL, de fazer umha análise da situaçom global e a crítica á falacia do desenvolvimento sustentável coa que enchem a boca os políticos e que ninguém sabe muito bem o que significa mas que de momento na Galiza significou a escusa para a destruiçom. Cabe salientar que sempre que os políticos pretendem destruir umha parte do nosso território, utilizam essas duas palavras mágicas: desenvolvimiento sostenible e assi supom-se que a desfeita que vam fazer tem um alo de necessidade colectiva. Xosé Reigosa mostrou-nos que o desenvolvimento nom saberia ser nem durável nem sustentável porque os recursos da Terra nom som infinitos. Se se quer construir umha sociedade durável e sustentável, cumpre sair do desenvolvimento, e em conseqüência sair da economia que esta incorpora: O capitalismo.


A intervençom de Antom Lopes Valeiras por
AMAL estivo centrada numha análise global da destruiçom do território na Galiza mas também, a diferença dos colectivos convidados ao acampamento, centrado na necessidade das galegas do século XXI de sairmos do lazer enlatado comercial e de achegarmo-nos ao conhecimento e desfrute do nosso meio; do nosso país.


Na quenda de intervençons posterior, o debate derivou cara umha análise das dificuldades de viver nas zonas rurais do país polo abandono que impom o sistema de produçom capitalista das zonas nom industriais nem de consumo massivo e pola desconfiança da gente cara nov@s vizinh@s desconhecid@s.






2º Dia. Sábado 20 de setembro de 2008


O segunda dia de acampamento começou às 8 da manhá com alvorada de gaita para acordar @s montanheir@s e chamá-l@s ao almoço.


Sobre as 9 horas começamos o roteiro curto de 12 km para sairmos da Aula da Natureza da Veiga (lugar de acampamento no concelho de Sam Joam de Rio). Começamos a ruta da Fraga no lugar de Fondodevila face a Sam Miguel, passando primeiro por terras de cultivo (pequenas hortas) e logo por soutos e reboleiras até alcançar o val de Sam Miguel. Seguimos em direcçom a Valdonedo e subimos um pequeno tramo da Serra, antigamente agros de centeio que hoje se cultivam de novo em pequena escala.


Á nossa direita observarmos o canom do Rio Návia coas impressionantes penas de Rome e a fraga de Folenche. Toda vez no Seixo (aldeia dum só vizinho) pudemos observar: Cabeça Grande, Pena Trevinca, o Courel e os canons do Bibei e o Návia, assi como o povo de Návia, a central hidroeléctrica de Ponte Návia e o pântano de Monte-Furado.

Cruzamos o regato das Cabanas até a aldeia de Beje por um caminho feito polos rabanhos e regressamos polo caminho até o Alto do Seixo. De regresso passamos polos Sequeiros dos Ganadoiros e a Renxelosa.


Seguimos por um pequeno tramo da Via Nova (Astorga-Braga) até Guístolas para subirmos por umha antiga estrada até Mouruas (aldeia onde antigamente se celebrava a tradicional batalha de mouros e cristaos). Logo subimos até o agro da Abelheira para regressar polo caminho de Fontela até a Aula da Natureza.


A respeito da flora; atopamos abundantes soutos (castanheiros alinhados) que fôrom e ainda som aproveitados para castanhas e Madeira; e reboleiras
Quercus pyrenaica de diâmetro pequeno pola espessura do bosque.


De novo botamos de menos ter levado mais água como é habitual. É curioso que nom botamos em falta um bem tam necessário e com aceso doado no nosso dia a dia e logo o monte fai-nos conscientes do que verdadeiramente é indispensável e do pouco importante que som certas cousas de consumo habitual na nossa vida.


Na seguinte foto temos umha panorámica do cavorco que o rio Navea escava ao passo por Sam Joam de Rio, com o maciço de Maceda ao fundo:Na seguinte foto vemos azafrám silvestre, avondoso em todo o pais: Na seguinte foto vemos a pequena aldeia de Bexe quase pendurada sobre o rio Navea, que serpea até vaciar no Bibei à beira de Quiroga, descansando esta última ao abeiro do Courel:














Logo da chegada ao acampamento, pola noite, tivemos concerto e foliada com artistas convidad@s: pandereteiras, regueifeir@s, zanfonistas, gaiteir@s. A festa durou até a madrugada entre danças e cantigas.




Domingo 21 de setembro

De manhá tivemos noticia de que a casa do concelho de Sam Xoam de Rio amanhecera coa bandeira galega coa estrela no mastro na fachada principal e sem bandeira de Espanha.


O domingo fixemos um míni-roteiro de hora e meia para achegarmo-nos a zona de rapel. Alí dispugemos de duas vias, umha primeria de iniciaçom que já foi abondo alta (mais ou menos 12 metros de altura); e montou-se umha mais de 25 metros de caída vertical na beira dumha ponte para aqueles e aquelas valentes que se atreveram a passar por esse risco.


Pessoas que estiveram dispost@s a fazer o primeiro rapel fomos muit@s mas, o surprendente foi que a segunda via, na que se esperava que fossem 4 ou 5 pessoas as valentes pola altura e dificuldade da mesma, ao final animou-se muitíssima gente e deu-nos a hora de jantar com bicha para rapelar ainda à espera da sua quenda.





Quando voltamos, realizamos um último jantar de confraternidade com muitas menos pessoas que as que participamos nas actividades do sábado. Havia muita gente que tinha de marchar por ter umha viagem muito longa até as suas moradas.


A charla sobre como viver no monte galego de tarde serviu para colhermos consciência que as redes caciquis no rural som mais evidentes e impunes que no urbano. Também serviu para termos consciência de que ganhar a vizinhança e muito difícil por serem desgraçadamente em algunhas ocasións populaçom desconfiada das pessoas que podem chegar de fora ou com idéias de cámbio. No entanto, o debate estivo servido entre os prós e os contras da vida nas cidades e no rural.






CRONICA DO ROTEIRO POLA TERRA DE TRIVES

Dificultade: media- baixa
Duración: entre 5 e 6 horas.

PERCURSO:

Saímos da Aula da Natureza da Veiga (lugar de acampada no concelho de Sam Xoam de Rio). Comezamos a ruta da Fraga no lugar de Fondodevila de cara a Sam Miguel, passando primeiro por terras de cultivo (pequenas hortas) e logo por soutos e reboleiras até alcançar o val de Sam Miguel. Seguimos en direciom a Baldonedo e subimos um pequeno tramo da Serra, antigamente agros de centeio que hoje en pequena escala cultívan-se de novo.

A nossa direita observarmos o canóm do Rio Navea coas impresionantes penas de Rome e a fraga de Folenche. Unha vez no Seixo (aldeia dum só vecinho) pudemos observar: Manzaneda, Pena Trevinca, O Courel e os canóns do Bibei e o Navea, así como o povo de Navea, a central hidroeléctrica de Ponte Navea e o pantano de Monte-Furado.

Cruzamos o regato de As Cabanas até o aldeia de Bexe por um caminho feito polos rebanhos e regresamos polo caminho até o Alto do Seixo. De regresso passamos por os Sequeiros de Os Ganadoiros e A Renxelosa.

Seguimos por um pequeno tramo da Via Nova (Astorga-Braga) até Guístolas para subir por umha antiga estrada até Mouruas (aldeia onde antiguamente se celebraba a tradicional batalha de mouros e cristiáns). Logo subimos até ao agro da Abilheira para regressar polo caminho de Fontela até a Aula da Natureza.

FLORA ATOPADA:
Abundantes soutos (castanheiros alineados) que forom e ainda som aproveitados para castanhas e Madeira.
Reboleiras (Quercus pyrenaica) de diâmetro pequeno pola espessura do bosque.


Na seguinte foto temos umha panorámica do cavorco que o rio Navea escava ao passo por Sam Joam de Rio, com o maciço de Maceda ao fudo:


Na seguinte foto vemos azafrám silvestre, avondoso em todo o pais:


na seguinte foto vemos a pequena aldeia de Bexe quase pendurada sobre o rio Navea, que serpea até vaciar no Bibei à beira de Quiroga, descansando esta última ao abeiro do Courel:

CRONICA DO ROTEIRO POLA TERRA DE TRIVES

Dificultade: media- baixa
Duración: entre 5 e 6 horas.

PERCURSO:

Saímos da Aula da Natureza da Veiga (lugar de acampada no concelho de Sam Xoam de Rio). Comezamos a ruta da Fraga no lugar de Fondodevila de cara a Sam Miguel, passando primeiro por terras de cultivo (pequenas hortas) e logo por soutos e reboleiras até alcançar o val de Sam Miguel. Seguimos en direciom a Baldonedo e subimos um pequeno tramo da Serra, antigamente agros de centeio que hoje en pequena escala cultívan-se de novo.

A nossa direita observarmos o canóm do Rio Navea coas impresionantes penas de Rome e a fraga de Folenche. Unha vez no Seixo (aldeia dum só vecinho) pudemos observar: Manzaneda, Pena Trevinca, O Courel e os canóns do Bibei e o Navea, así como o povo de Navea, a central hidroeléctrica de Ponte Navea e o pantano de Monte-Furado.

Cruzamos o regato de As Cabanas até o aldeia de Bexe por um caminho feito polos rebanhos e regresamos polo caminho até o Alto do Seixo. De regresso passamos por os Sequeiros de Os Ganadoiros e A Renxelosa.

Seguimos por um pequeno tramo da Via Nova (Astorga-Braga) até Guístolas para subir por umha antiga estrada até Mouruas (aldeia onde antiguamente se celebraba a tradicional batalha de mouros e cristiáns). Logo subimos até ao agro da Abilheira para regressar polo caminho de Fontela até a Aula da Natureza.

FLORA ATOPADA:
Abundantes soutos (castanheiros alineados) que forom e ainda som aproveitados para castanhas e Madeira.
Reboleiras (Quercus pyrenaica) de diâmetro pequeno pola espessura do bosque.

13 de novembro de 2008

Ecofeminismo

O ecofeminismo é baseado na teoria de que a opressom das mulheres e a opressom da natureza estam fundamentalmente ligadas. Na literatura ecofeminista, o ecofeminismo é normalmente descrito como a crença de que o ecologismo e o feminismo estam intrinsecamente conectados. Outra definiçom sugere que a discriminaçom e a opressom baseadas em gênero, raça e classe estam diretamente relacionadas à exploraçom e à destruiçom do ambiente.

Algumas escritoras ecofeministas dizem abertamente que tal opressom é patriarcal, enquanto outras preferem apenas insinuar. De qualquer modo, a ligaçom que está sendo feita entre as mulheres e a natureza é evidente. Mas enquanto algumas ecofeministas vêem a ligaçom entre a mulher e a natureza como fortalecedora, outras acreditam que essa ligaçom é imposta pelo patriarcado e é degradante.

O termo Ecofeminismo foi cunhado em 1974, do trabalho da feminista francesa Françoise d´Eaubonne, Le feminisme ou la mort. Mais tarde foi aplicado à raiz do Movimento Chipko na Índia e no Women´s Pentagon Action nos Estados Unidos da América.

O movimento ecofeminista rapidamente ganhou força nos EUA. Ynestra King e a ativista Grace Paley estavam entre as mulheres que organizaram a conferência "Women and Life on Earth" na Universidade de Massachusetts, em Amherst, em 1980. Após o sucesso de uma conferência na Universidade do Estado de Sonoma, no ano seguinte, um grupo de oito mulheres formou a primeira organização ecofeminista nacional - Woman Earth [fonte: Ress].

As ecofeministas levantam questóns como a poluiçom da água, o desflorestamento, a acumulaçom de lixo tóxico, o desenvolvimento agrícola e sustentabilidade, os direitos dos animais e a política de armas nucleares.

A literatura ecofeminista afirma que a noçom de poder deve ser reestruturada. As relaçons colaborativas devem ser cultivadas no lugar da dinâmica de poder. Baseado em grande parte no activismo, o objectivo é criar uma comunidade interligada e sem o patriarcado ou outras formas de hierarquia. Uma meta fundamental pode ser descrita como uma realidade onde toda a vida comande seu próprio valor essencial.

Nom importam as diferentes abordagens ou escolas de pensamento, uma coisa é certa; o ecofeminismo é um movimento global e plural com uma comunidade de activistas e teóricas crescente.


Termos úteis

Androcentrismo: dominaçom dos homens sobre as mulheres e a natureza.
Antropocentrismo: dominaçom humana sobre a natureza.


Bibliografia sobre ecofeminismo

Shiva, Vandana e Mies, María
. La práxis del ecofeminismo- Biotecnología, consumo, reprodución. Icaria Editorial. Colección Antrazyt, nº 128. Barcelona. 1998. 240 páxs.
Existe umha relaciom entre a opresom patriarcal e a destruiçom da natureça en nome do progreso e o beneficio? Como debería contabilizarse a violencia inherente a este proceso? Existe algunha relaciom entre o movemento de mulheres e outros movementos sociais? Este libro situa a responsabilidade e as respostas que as mulheres poden dar aos maiores problemas atuais do planeta, tanto meio-ambientais como económicos. Maria Mies é socióloga. é directora de estudos sobre a mulher no Institute of Socials Studies da Haia e profesora de sociología na Fachhochschüle de Colonia. Vandana Shiva é física, filósofa e feminista, directora do Research Fondation for Science, Technology and Natural.

Agra, María Xosé (comp.), Ecología y feminismo, Ed. Comares. Selecta. 1997.
Esta compilación reúne artigos chave de Françoise d'Eaubonne, Ariel Kay Salleh, Ynestra King, María Mies, Karen Warren, Irene Diamond, Vandana Shiva, Bina Agarwal e Val Plumwood. A selecçom permite apreciar tanto os seus puntos em común como as enormes diferenças que as separam.

X Acampamento de Verao

Como todos os últimos fins de semana do verao, reunimo-nos num par de jornadas de convívio, caminhadas, lezer e conversa, que servirá...