30 de março de 2009

Galiza e Portugal: Percorrendo a raia em bici

Para estas férias de Páscoa, da AMAL propomos-vos umha rota ciclo-turista pola fronteira galego-portuguesa: em concreto, polo Rio Limia desde o seu nascimento em Vilar de Bairro até a sua foz em Viana do Castelo, e desde ali pola costa atlántica até encontrar o rio Minho, que finalmente remontaremos até Tui. Trata-se dumha rota fácil, com a que da Agrupaçom de Montanha queremos achegar pessoas à bicicleta como meio de viagem, e com a que queremos abrir espaço no nosso calendário de actividades a mais umha forma de conhecer o país. Nom é esta, com efeito, umha rota de montanha, mas sim pretendemos no futuro programar novas acampadas com umha dificuldade maior, nas que a bici seja o meio de transporte que nos leve até algumhas das serras mais importantes da nossa geografia.

Descriçom da rota:

Sairemos desde o nascimento do Limia, e seguiremos o seu percurso primeiro pola Galiza e depois por Portugal, entrando no país vizinho polo parque nacional da Peneda-Geres, exactamente polo val que separa as duas serras mais importantes do norte português. Ainda na comarca galega da Limia, conheceremos a história da Lagoa de Antela e da sua desecaçom da voz das companheiras e companheiros do Centro Social Aguilhoar, com quem partilharemos a primeira etapa e a ceia do primeiro dia. Também visitaremos a Carvalha da Rocha, monumento natural senlheiro.


Em Portugal seguiremos o curso do Lima até Viana do Castelo, em parte por estrada e a partir de Ponte de Lima por umha eco-via que descorre vários quilómetros à beira do rio. Atravessaremos a terra do vinho verde até que, já no atlántico, remontemos a costa para encontrar o Minho, que cruzaremos entrando novamente na Galiza até Tui, onde colheremos o trem que nos levará aos diferentes lugares de origem.

Percurso:

- Saida: Quinta-Feira dia 9 de Abril, às 17:00 na Estaçom de Trem de Ourense (Empalme). Colheremos o trem às 17:25 que nos deixará em Vilar de Bairro às 18:10.
- Etapa 1 (Quinta-feira dia 9): Vilar de Barrio - Sainça (30 km)
- Etapa 2 (Sexta-feira dia 10): Sainça - Ponte de Lima (90 km)
- Etapa 3 (Sábado dia 11): Ponte de Lima - Tominho (60 km)
- Etapa 4 (Domingo dia 12): Tominho - Tui (15 km) Desde Tui colheremos novamente o trem que nos deixará a média tarde tanto em Vigo como em Ourense.

Dificuldade: Média-baixa.

A rota discorrerá sempre ao nível do rio e do mar, polo que nom encontraremos portos nem altos difíceis. Os únicos factores que poderám requerir certo esforço físico som a quantidade de carga que leve cada quem (que em alguns pequenos repeitos fará as bicis mais pesadas), a longitude da segunda etapa (90 quilómetros que faremos em todo o dia sem dificuldade, a um ritmo suave e com paragens, mas que nos suporám umhas 6 ou 7 horas encima da bici) e a possibilidade de que faga bastante calor. Em qualquer caso, a organizaçom preocupará-se, se for necessário, de adaptar o grupo e o percurso aos diferentes ritmos, polo que a priori ninguém com um estado físico normal e vontade de vir à acampada deveria preocupar-se pola dificuldade da rota.


Aclaraçons e recomendaçons:


Que tipo de ciclismo vamos praticar? A rota que propomos inscreve-se no que às vezes se chama "ciclo-turismo de alforges", isto é, aquele ciclismo que entende a bicicleta principalmente como um instrumento de viagem, mais que de desporto ou de competiçom. O prioritário na nossa viagem vai ser o conhecimento e desfrute dos lugares que atravessaremos, da companhia com a que viajaremos e da sensaçom de auto-suficiência que experimentaremos na bicicleta. A presa ou a competitividade nom fam sentido na maneira na que nesta viagem vamos entender e utilizar a bicicleta.


Que tipo de bicicleta é o mais adequado? Necessitamos umha bici com "marchas", a ser possível com três pratos e um pinhom grande de polo menos 28 dentes. Também necessitaremos um porta-equipagens no que levar a carga (nom se deve levar peso em mochilas sobre as costas), e sempre é recomendável contar com acessórios úteis como luzes, porta-bidons para a água, guarda-lamas... A bicicleta perfeita para o tipo de viagem que vamos fazer é a chamada "híbrida" ou "de passeio", mas vale bem umha bici de montanha à que lhe incorporemos um porta-equipagens (neste caso nom é mui recomendável levar umha roda com muito taco, por que a maioria da viagem vai ser por estrada).


Como levar a carga? A carga deve levar-se toda sobre a bici, e nom em mochilas sobre o corpo. Para isso é que necessitamos que a bicicleta tenha porta-equipagens. Também existem outros acessórios como sacas que se prendem no guiador ou no selim, e que podem ser mui úteis para levar certas cousas. A melhor maneira de levar a carga no porta-equipagens é utilizando alforges (que nos permitirám pendurar cousas aos lados da roda) e atando alguns vultos (o saco de dormir, a tenda...) na parte superior com elásticos. Se nom tivermos alforges, podemos improvisar umhas pendurando do porta-equipagens, a cada um dos lados da roda, duas mochilas pequenas. De fazermos isto, devemos ter muito cuidado em que as mochilas fiquem bem sujeitas, em que nengumha correia ou parte da saca poda meter-se entre os raios da roda (conviria pôr previamente um cartom em cada lateral do porta-equipagens) e em que ao pedalar o pê nom choque com as alforges. Sempre devemos cuidar que o peso esteja bem repartido a ambos os dous lados da bici, para nom desequilibrá-la com a carga.


É recomendável levar a roupa metida em sacos plásticos, por se chover.


Qual é a equipagem que devemos levar?

Cada bicicleta deve levar: Um bidom de água, umha bomba de ar, umha cámara de reposto, umha caixinha com parches e cola para reparar furos, ferramentas básicas.

De roupa é recomendável: Um culotte com protecçom acolchoada (mais do que recomendável, isto é imprescindível: quem nom o levar é quase seguro que nom vai ser capaz de sentar no selim depois do segundo dia), sapatilhas desportivas (se os pedais tivessem dentes, é recomendável que o calçado tenha a sola grossa), luvas de ciclismo, camisetas e mudas para os diferentes dias, chuvasqueiro, roupa de abrigo para a noite, toalha.

Comida: Vamos atravessar vilas e aldeias todos os dias, polo que possivelmente poderemos comprar alguns alimentos no trajecto, em vez de cargar com eles desde o início. Contodo, lembrai que a quinta e a sexta som feriados, assim que nom fagades depender toda a vossa alimentaçom de que podamos ou nom comprar cousas. É recomendável almorçar bem (leite, cereais, fruta, pam ou bolachas...), jantar algo rápido e nom mui forte (sandes, salada, fruta, queijo, fiame..) e cear algo mais preparado e quente (massa, arroz, sopas). É recomendável, por isso, levar algum fogom tipo camping-gaz (nom é necessário um cada quem), para aquecer cousas de manhám e às noites. Também é recomendável levar algo "para picar" no caminho, como fruta, frutos secos, chocolate, bolachas... Em todo caso, procurai sempre escolher alimentos que pesem pouco, que ocupem pouco espaço e que gerem pouco lixo.

Ademais, cumpre levar: Saco de dormir, isolante, tenda de campismo (poupai peso na viagem e espaço nos sítios onde acampemos: ponde-vos de acordo para levar as mínimas tendas imprescindíveis), sombreiro e creme para tornar o sol, um pequeno botequim, dinheiro, documentaçom, mapas...

Precauçons na bici:

Durante a viagem, cada quem é responsável da sua própria segurança. A maior parte do trajecto faremo-lo por estradas nas que partilharemos tránsito com carros, polo que se deve pedalar em todo momento com precauçom, pola margem direita da calçada, a ser possível em grupo e com nom mais de duas bicicletas em paralelo. Ao viajar em grupo, é importante ter sempre presente a quem levamos diante e detrás, especialmente nas descidas (em que devemos deixar umha distáncia de segurança prudencial) e no momento de nos deter.


Informaçom e inscriçons: Para qualquer informaçom, enviar um e-mail ou telefonar ao meio-dia para o 988 24 45 51 (Miguel). É importante anotar-se antes do dia 6 comunicando-lho à pessoa de contacto da AMAL em cada comarca ou escrevendo um e-mail a aguaslimpas@gmail.com (é necessário saber o número de bicicletas que vam subir ao trem para lho comunicar à RENFE com antelaçom).


Documentario sobre o Carro grabado na baixa Límia (por onde decorrerá o roteiro em bici) coa inestimável colaboraçom dos parroquianos de Lobeira, Diretor: Antonio Román. Coa inmortal presenza de Xoaquin Lorenzo "Xocas". Rodado no ano 1940.
1ª parte:

2ª parte:

X Acampamento de Verao

Como todos os últimos fins de semana do verao, reunimo-nos num par de jornadas de convívio, caminhadas, lezer e conversa, que servirá...