Manifestaçom em Vigo Sexta-Féira 17 de Julho
Por umha Galiza ceive e socialista!
Pola folga geral nacional!
Mais um ano o movimento social e independentista viguês volta a sair às ruas com motivo do Dia da Pátria.
Neste último ano temos assistido a um recrudecimento na ofensiva de Espanha e o capital contra o nosso povo trabalhador. Umha ofensiva global que afecta à identidade, a nossa língua, aos direitos laborais, à nossa Terra...
O povo trabalhador está-se a ver como o grande prejudicado da crise estrutural do sistema capitalista. Hoje o agro galego, os gandeiros e as gandeiras galegas vem-se abocados à ruina. Antes forom as quotas da UE, agora a liberalizaçom. Um exemplo mais junto com o sector da pesca do esfarelamento dos nossos sectores productivos.
Outra das luitas que vam marcando o acontecimento político e social do País é a greve do metal. Miles de trabalhadores que luitam contra umhas condiçons laborais pésimas e contra umha patronal reaccionária e explotadora. Umha luita das que formam e criam conciência política do que somos e do queremos ser. Sem dúvida, o agro e o metal simbolizam hoje o melhor da luita nacional e de classe contra os nossos irreconciliáveis inimigos: Espanha e o capitalismo.
O povo trabalhador tem que dotar-se de ferramentas para sair reforzado das batalhas que estamos a librar. É por isto, que hoje no nosso País fai-se necessária umha Greve Geral Nacional que permita mobilizar e concienciar ao povo trabalhador contra a Patronal e as políticas económicas do Goberno espanhol e autonómico. Umha greve geral que nom seja um ponto final à mobilizaçom; que seja um ponto e seguido a umha estratégia de longo alcanço: a Independência e o Socialismo.
O movimento em defesa da língua também sabe muito do recrudecimento da ofensiva. Umha nova estratégia contra a nossa língua vem de ser posta
Fronte a isto dezenas de militantes tenhem respostado com dignidade fronte a nova aldraje espanhola. Umha dignidade que adoptou múltiples formas de resposta e que tivo como ponto máximo a grande manifestaçom do passado 17 de Maio. No caminho dezenas de activistas pró-galego tenhem sido multados e processados.
O estado espanhol tem muitas e distintas formas de reprimir a qualquer que se atreva a respostar às agressons que dia trás dia sofre o povo galego. As multas, os processos penais, a cadeia preventiva e a dispersom penitenciária que sofrem os presos políticos... som exemplos de como o estado tenta frear ao povo que se rebela. Mas a repressom so pode gerar entre nós mais solidariedade, mais rebeldia e mais ganhas de botar abaixo este sistema.
Viva Galiza ceive e socialista!
Manifestaçom na Alameda de Compostela o dia da Pátria
Manifesto Dia da Pátria 2009
Amigas e amigos,
companheiras e companheiros vindos de toda a Galiza e do exterior, presentes e ausentes,
delegaçons internacionais que nos acompanhades:
Celebramos hoje a jornada em que reivindicamos o nosso direito de autodeterminaçom e reafirmamos a vontade de constituirmos o nosso próprio Estado: umha República Galega.
No actual contexto de crise capitalista, tais reivindicaçons som mais necessárias do que nunca: a crise deteriora as nossas condiçons de vida e trabalho e agudiza os piores efeitos da histórica dependência de Espanha, como o desemprego estrutural, a precariedade ou o empobrecimento de importantes sectores do povo trabalhador. Madrid e Bruxelas pretendem somar a esta condiçom de viveiro de mao-de-obra barata e fonte de recursos minerais e energéticos, a turistificaçom da economia nacional, enquanto relançam o assalto ao território que arrasa costas, vales, rios e montes em aras do benefício privado e planificam desde instituiçons alheias a liquidaçom da nossa língua e identidade.
A nível institucional, após quatro anos de governo bipartido PSOE-BNG, a direita mais conservadora recuperou o governo da Junta. Isto foi possível, entre diversos factores, pola aplicaçom continuista por parte do PSOE e do BNG de semelhantes políticas aplicadas polo fraguismo. Quatro anos perdidos na construçom nacional da Galiza e na melhora das condiçons de vida do nosso povo.
A situaçom é difícil e alterna episódios de luita exemplar, como a do proletariado do Metal, com a agudizaçom da repressom e o controlo social e a extensom do mal-estar psicossocial. É imprescindível, pois, tomarmos medidas resolutivas. A curto prazo, a convocatória dumha Greve Geral Nacional e a coordenaçom d@s independentistas para fazermos frente com radicalidade à administraçom que preside Alberto Núñez Feijó. A meio, organizando-nos para as batalhas que se anunciam e avançando a passo firme no caminho da autodeterminaçom e a soberania.
Autodeterminaçom e soberania som a chave que abre a porta a um futuro distinto do que se perfila no horizonte; som a única alternativa política real neste país. A via estatutista, a via do contrato com Espanha, é umha fraude esgotada que apenas foi útil para adormecer consciências e facilitar que os nossos inimigos históricos avanzem no espólio e a destruiçom da Galiza. A autêntica democracia e a dignidade virám da luita que nos leve a um cenário de autodeterminaçom, soberania e independência.
Contodo, companheir@s, chamar um povo à luita é muito mais que lançar umha proclama. Chamar um povo à luita, quando tantas vontades están feridas por ceticismos e impotências, é sobretodo assumir responsabilidades: a responsabilidade de forjarmos ferramentas organizativas legítimas e duradeiras; de coesionarmos as forças disponíveis sob estratégias concretas de intervençom e, por cima de todo, de ganharmos com factos os coraçons e a credibilidade de milhares de independentistas e do conjunto do povo trabalhador galego.
É evidente que os agentes políticos e sociais e as pessoas que vertebramos Causa Galiza nom conseguimos materializar nestes dous anos as expectativas criadas em 2007 e desactivar os factores que ralentizam desde dentro a luita soberanista, impossibilitando logros hoje possíveis. Estas eivas impedírom que Causa Galiza estivesse à altura do aguardado e da necessidade de edificarmos espaços de convívio e luita sobre os que erguer projectos mais ambiciosos no futuro.
Recuperarmos o rumo original e a ilusom é, portanto, o repto urgente. Pretendemos ser a ferramenta que permita a organizaçons, movimentos sociais e militantes trabalhar cóvado com cóvado, desde a esquerda, pola soberania. Queremos constroir a aliança que estenda a reivindicaçom da autodeterminaçom a todo o país e, desde o trabalho de base, desde a acçom diária, crie condiçons favoráveis para avançarmos na luita independentista. Neste Dia da Pátria convidamos quem, dia após dia, sustentades desde a militáncia e o esforço anónimos o combate pola soberania, a fortalecerdes esta ferramenta. É necessário, é urgente e dam-se as condiçons necessárias. A luita pola autodeterminaçom precisa de todas e todos nós.
Companheir@s, maos à obra,!
Viva a luita por umha Galiza ceive!
Viva Causa Galiza!