12 de setembro de 2011

IV ACAMPAMENTO DE MONTANHA

GEOGRAFIA, FLORA E FAUNA.

As Granhas do Sor é um parróquia do Concelho de Manhom. O concelho possui umha populaçom de 2000 pessoas repartidas nos 82,1 quilómetros quadrados. Este é um concelho cumha morfologia peculiar. O seu ancho ronda os 1000 ou 1400 metros lineais e tem umha longitude de 30 quilómetros. No interior há que destacar três acidentes geográficos que marcam as características do concelho. O rio Sor de 49 quilómetros de comprimento e que recolhe as águas das serras da Faladoira e da Coriscada; a montanha, duas serras som as que percorrem longitudinalmente o concelho de sul a norte a Serra da Faladoira (mais ao sul) e a Serra da Coriscada (mais ao norte); e por último o mar Cantábrico.

O rio Sor, e também os seus afluentes, sucan profundos vales, de abundante vegetaçom, que contrastan com as arbustivas zonas altas da serra. Devido a que é um dos poucos rios galegos sem barragens nem aproveitamentos hidro-eléctricos, nas suas augas podemos topar salmom atlántico. Na bacia e riveiras do rio podemos atopar bidueiros (Betula pubescens), carvalhos (Quercus robur), castinheiros (Castanea sativa), maceira brava (Malus sylvestris), pradairos (Acer pseudoplatanus), acivros (Ilex aquifolium), arandeiras (Vaccinium myrtillus), sabugueiro (Sambucus nigra) e nesta época grande variedade de cogumelos.

Rio Sor.

Em quanto a fauna, avondam as troitas e anguias, garça real (Ardea cinerea), picapeixes (Alcedo atthis), merlo rieiro (Cinclus cinclus ), ferreiriño rabilongo (Aegithalos caudatus), gaviám (Accipiter nisus), açor (Accipiter gentilis), minhato comum (Buteo buteo), falcom peregrino (Falco peregrinus), corço (Capreolus capreolus), porco bravo (Sus scrofa), lontra (Lutra lutra), golpe (Vulpes vulpes) e porco teixo (Meles meles).

A serra da Faladoira colhe o seu nome, segundo se di, do eco que producem umhas penas situadas perto dos seus pontos máis altos. Tem como cúmio mais senlheiro o Monte Caxado (756m) e o Monte Faladoira (605m). Formada por lousa preta, gneis “olho de sapo” como se conhece popularmente, xistos cristalinos e areíscas das que sobresaem cristas de granitos e quarzitas. Grande pparte da serra ésta ocupada por eucaliptos e pinheiros, pastos para gando, matogueiras de breixos (Erica arborea, Erica tetralix), quirogas (Daboecia cantabrica) e tojos (Ulex europaeus) e algumha que outra carvalheira.

Imagem antiga da Serra da Faladoira.


A serra da Coriscada remata em Bares ainda que nalguns mapas aparesce este primeiro tramo com o nome de serra do Solheiro. O ponto mais alto é o monte da Coriscada (523m). A fauna e flora é similar à Faladoira, assim como a sua composiçom. Tanto a Faladoira como a Coriscada estám sobreexploradas por parques eólicos.



HISTÓRIA

É umha zona habitada desde moi antigo. Disto da fé, a multidom de mámoas e necrópoles megalíticas(perto de 100, umha das maiores concentraçons de Europa) que se atopam nas serras da Coriscada e Faladoira. Entre estes está o Forno dos Mouros, a cámara megalítica máis antiga de Galicia. Data do 4400 a.C. e na actualidade atopa-se exposta no Centro Arqueológico de Ortigueira. A mágoa é que após tantos anos estas pedras nom fôrom quem de sobreviver às obras dos parques eólicos que causárom muitos destroços nestes tesouros históricos que formam parte dumha unidade com a paisagem e a cultura que devia ser prioridade conservar.

Forno dos Mouros.

Outro dos feitos que reflitem esta senlheira história é o porto de Bares, considerado um porto pre-romano, seguramente fenício polos restos que aparescérom. E que confirma o feito de ser o fim do caminho dos Arrieiros. Caminho de mais de 40 quilómetros que unia As Pontes com Bares e que no sXVIII formava parte da rede de caminhos reais e documentado desde a época medieval. Este caminho transcorre entre as diferentes mámoas que assolagam as cristas das serras, e empregava-se para o transporte de mercadorias.

Página interessante sobre o Caminho dos Arrieiros: http://caminhodosarrieiros.blogspot.com/

É digno de mençom que na parróquia de Sam Cristovo de Ribeiras do Sor situa-se o pazo e mais a propriedade de Torre de Lama, fortaleza do sXV. Dentro podemos atopar a maior plantaçom de camelias de Europa e a segunda do mundo.

Na História de Manhom e mais concretamente da parróquia das Granhas do Sor, aparesce umha personagem: Mamede Casanova, Toribio. Um bandoleiro nascido no 15 de fevereiro de 1882 que as crónicas citam de “valente, ousado, temerário, pola sua audácia, polo seu menosprezo da lei, polo seu sangue, até pola sua cara”. Foi em tempos de convulsos movimentos sociais –do agrarismo e mobilizaçons lavregas galegas– onde os caciques governan e a fame negra estende os seus míseros tentáculos, onde este home da comarca de Ortigueira “luita contra a sociedade e contra sim mesmo, que o levou, sem pretendé-lo, a ganhar a inmortalidade”. Estivo fugido nestas serras do norte e perseguido pola Guardia Civil durante três anos. Um comic por título: O Fillo da Furia, o derradeiro bandido romántico, Demo Editorial (2010), dos lucenses Miguel Fernández Vázquez –desenho– e Manolo López Poy –guiom–, é um retrato “da lenda de Mamede Casanova e os reflexos dumha sociedade onde caciques, lavreg@s, burgueses, curas, emigraçom e forças repressivas tentam conviver numha Galiza profunda, desigual e achantada no poço da miséria”.




HORÁRIOS.

Refúgio de Cascom.


Sexta Feira 16 de Setembro:

19:30hh Recepçom das campistas.

20:30hh Palestra: Decrescimento a debate. Xoam Doldám, professor de Economia Aplicada e membro da associaçom Véspera de Nada.



Sábado 17 de Setembro:

8:00hh. Alvorada e Almorço.

9:00hh Roteiro: Refúgio de Cascom-Candedo-Monte Coriscada-Ponte Segade-Refugio de Cascom.(25 quilómetros)

20:00hh Ceia.

21:00hh Regueifas ao pé do lar.

23:00hh Jogos e foliada.



Sábado 18 de Setembro:

08:00hh. Alvorada e Almorço.

09:00hh Roteiro. Refúgio de Cascom-Nascimento do rio Sor. (10quilómetros)

12:30hh Seminário de prantas, árvores e fauna. Andrés Castro, professor da Escola de Agricultura Ecológica de Vilasantar e colaborador do SLG.



CONSELHOS.

É aconselhável levar tenda, saco-cama, roupa de abrigo, calças longas, roupa de águas, pratos, copo, talheres, lanterna e comida para Sexta Feira e Domingo.

Quem tiver um quinqué que o leve.

Preço: 20€.



Publicarám-se resenhas dos roteiros proximamente.

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Como todos os últimos fins de semana do verao, reunimo-nos num par de jornadas de convívio, caminhadas, lezer e conversa, que servirá...